Dilma re�ne governadores para recuperar credibilidade

Bras�lia – Em busca de recuperar a credibilidade e o protagonismo pol�tico, a presidente Dilma Rousseff definir� hoje, com a coordena��o pol�tica de governo, a pauta da reuni�o com os governadores, previstas para quinta-feira, em Bras�lia. No fim do primeiro semestre, os presidentes da C�mara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, trouxeram os 27 governadores para o Congresso para reclamar do centralismo fiscal da Uni�o. Agora, Dilma quer estabelecer com esses mesmos administradores estaduais um pacto de governabilidade constru�da sobre premissas or�ament�rias.

Dilma deve debater na quinta a proposta de unifica��o progressiva da al�quota do ICMS e de repatria��o de recursos do exterior. As duas iniciativas tramitam no Congresso e interessam aos governadores desde que tramitem em conjunto. O governo prop�s a cria��o de um fundo composto por uma parte dos recursos que seriam repatriados do exterior. A equa��o, se der certo, ser� ben�fica para todos os entes federados. A Uni�o tributaria esses recursos que hoje est�o no exterior e os governadores teriam um “colch�o” para compensar perdas com a mudan�a de al�quotas do ICMS.

Perante seus ministros, hoje, incluindo os integrantes da equipe econ�mica, Dilma cobrar� maneiras de cumprir as promessas que deve fazer aos governadores. O problema � que, apesar da revis�o para baixo da meta de superavit prim�rio — de 1,1% para 0,15% — os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, aprofundaram o corte no Or�amento suprimindo mais R$ 8,6 bilh�es dos minist�rios, somando-se aos R$ 69,9 bilh�es que j� haviam sido contingenciados em maio. Com menos recursos dispon�veis, a retomada no n�vel de investimentos ficar� adiada por mais tempo.

Durante a coordena��o pol�tica de hoje, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Secretaria de Avia��o, Eliseu Padilha (PMDB), tamb�m devem cobrar, mais uma vez, de seus colegas de Esplanada, agilidade na conclus�o dos cargos de segundo e terceiro escal�o. Na pr�xima semana o Congresso volta do recesso e, se as demandas ainda n�o tiverem sido completamente atendidas, a press�o da base aliada ser� intensa. (PTL)