
Os valores devolvidos hoje s�o a segunda parcela de recursos que retornaram � estatal depois de deflagrada a Opera��o Lava-Jato, que investiga h� mais de um ano pagamentos de propinas em contratos de obras e servi�os na Petrobras. Em maio passado, outros R$ 157 milh�es voltaram para a conta da estatal. Tamb�m esse total � fruto da dela��o premiada de Pedro Barusco. A devolu��o de todos esse valores foram repatriados de contas secretas na Su��a.
Apesar do volume significativo devolvido, esse dinheiro � apenas uma pequena parcela do que foi desviado no esquema de corrup��o descoberto pela for�a-tarefa composta pela Pol�cia Federal, Procuradoria-Geral da Rep�blica e Justi�a Federal. Segundo a dire��o da Petrobras, em balan�o divulgado no in�cio deste ano, a perda declarada com o esquema de corrup��o montado na estatal por executivos e pol�ticos � estimada em R$ 6,2 bilh�es.
Governan�a
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que os recursos devolvidos "est�o sendo usados e continuar�o a ser" na melhoria da governan�a da estatal. Ele tamb�m informou que est� implantando um novo modelo de gest�o para coibir a corrup��o. Ele anunciou que nenhum executivo poder� mais tomar decis�es sozinho. Ao contr�rio, toda e qualquer a��o na Petrobras passar� por um "conjunto de comit�s e grupos de apoio". Segundo Bendine, para avalia��o t�cnica e financeira de toda e qualquer contrato da estatal.
Bendine disse ainda que a empresa tamb�m est� mudando a rela��o com os fornecedores. O presidente da estatal explicou que fornecedores passaram a ser submetidos � "an�lise de integridade". O que significa, de acordo com Bendine, em submiss�o a crit�rios de "boas pr�ticas de governan�a". "Se n�o se enquadrarem, ser�o exlclu�dos de nossa lista de forncedores".
Bendine admitiu, durante discurso de encerramento da cerim�nia desta sexta-feira, que "n�o h� solu��es m�gicas". Por�m, afirmou que a empresa "jamais aceitar� ser v�tima passivamente". Ele insistiu que boas pr�ticas de governan�a devem continuar sendo implantadas para coibir fraudes e corrup��es na estatal.
Cardozo
O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, tamb�m presente � cerim�nia desta sexta-feira na Petrobras, disse que o evento pode ser considerado um momento hist�rico para o pa�s. Para Cardozo, isso significa dizer que "o estado de direito vale para todos". Ou seja, destacou o ministro, "n�o poupa quem quer que seja."