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Estado de Minas

Pagamentos foram por servi�os prestados, diz advogado de almirante preso


postado em 31/07/2015 20:31

Rio, 31 - Durante o depoimento, na quinta-feira, 30, do diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, o vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, o advogado Helton Pinto, do escrit�rio Arthur Lavigne, entregou � Pol�cia Federal (PF) documentos que provariam que n�o houve conduta irregular do executivo. Ainda nesta sexta-feira, 31, a filha de Pinheiro da Silva, Ana Cristina da Silva Toniolo, entregou aos investigadores da Lava Jato, por meio de outro escrit�rio da advocacia, uma peti��o anexando documentos comprovando a execu��o dos servi�os.

"Todos os recebimentos da empresa, que � da sua filha, n�o � mais dele, s�o provenientes de servi�os realizados", afirmou Pinto, em entrevista no in�cio da noite. O juiz S�rgio Moro decidiu nesta noite, ap�s manifesta��o do Minist�rio P�blico Federal, prorrogar a pris�o tempor�ria de Othon por mais cinco dias.

No depoimento � PF, Pinheiro da Silva afirmou que sua filha usou a empresa fundada por ele, da qual se tornou s�cia gestora, para prestar servi�os de tradu��o e de engenharia, os �ltimos executados por seu marido, genro do presidente licenciado da Eletronuclear.

Al�m da legalidade dos servi�os prestados, Pinto destacou que h� incongru�ncia entre a data dos pagamentos da suposta propina e a contrata��o das empreiteiras para a obra de constru��o da usina nuclear Angra 3. "O MP faz ila��es sobre supostos pagamentos de propina ap�s uma reuni�o que teria acontecido no fim do ano passado, mas o pagamento seria referente a anos muito anteriores", disse.

Por fim, Pinto alegou que algumas das empresas que teriam pagado propina contestaram os editais de contrata��o das obras de Angra 3 e tentaram, ao longo das obras, obter aditivos com pre�os maiores. Como os aditivos n�o foram aceitos, n�o faria sentido a contrata��o envolver pagamento de propina, na argumenta��o do advogado.

Pinto evitou apontar abusos na condu��o da investiga��o pela PF e pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF), mas fez ressalvas ao uso das dela��es premiadas e alegou que seu cliente poderia ter sido convidado a prestar esclarecimentos, em vez de ter a pris�o decretada. "Dar como certo uma acusa��o com base numa pessoa sem nenhum outro elemento de prova � muito perigoso", disse o advogado.

Lembrando a reputa��o de Pinheiro da Silva na comunidade cient�fica e de sua participa��o no programa nuclear da Marinha, que desenvolveu a tecnologia de enriquecimento de ur�nio para a propuls�o de submarinos, Pinto destacou a possibilidade de, entre o material recolhido pela opera��o Lava Jato na casa do vice-almirante, haver documentos de "seguran�a nacional" que correm o risco de virem a p�blico no processo.

"Documentos que o Brasil sempre lutou para manter em sigilo podem ser expostos. Se outros pa�ses tiverem acesso � informa��o, podem ter conhecimento de como produzir a tecnologia brasileira", afirmou Pinto.


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