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Estado de Minas

Defesa de Dirceu diz que ex-ministro tornou-se 'bode expiat�rio' da Lava-Jato


postado em 03/08/2015 21:01 / atualizado em 03/08/2015 22:54

O advogado de defesa de Jos� Dirceu, o criminalista Roberto Podval, disse que o ex-ministro tornou-se "bode expiat�rio" da Lava-Jato. "Jos� Dirceu � hoje bode expiat�rio de um processo, como um grande pr�mio", disse o advogado durante coletiva realizada na noite desta segunda-feira, 3, em Bras�lia. Podval criticou o fato de colocarem o ex-ministro como "o grande respons�vel" pelos desvios da Petrobras. "Colocam em cima dele a grande responsabilidade por todo esse processo? A� � politizar uma quest�o", declarou.

Podval disse ainda que a pris�o de Dirceu foi decretada em um momento "oportuno", dizendo que agora deve-se encerrar uma etapa da Lava-Jato e dar in�cio a outra. "Faltava prender o Dirceu, era o que se anunciava", declarou.

Ao longo da entrevista, o advogado disse por diversas vezes que a pris�o n�o tinha justificativa jur�dica e que n�o houve qualquer fato novo para que o pedido fosse feito agora. Podval disse que nada de novo aconteceu recentemente desde que as investiga��es sobre o ex-ministro tiveram in�cio. "N�o h� absolutamente nada que indique que Dirceu tenha tentado destruir provas, nem risco de fuga e nem tentativa de obstruir investiga��o. A �nica justificativa dada foi ordem p�blica, o clamor que caso teve", disse.

O criminalista criticou as argumenta��es apresentadas pelo juiz S�rgio Moro, dizendo que os pagamentos feitos � JD Consultoria, empresa do ex-ministro, j� existiam e que j� haviam sido apresentadas ao juiz da 13a Vara Federal no Paran�. "Justificamos todos os pagamentos", disse.

Sobre declara��es do delator Milton Pascowitch, que revelou como Jos� Dirceu recebia propinas, o advogado disse que o delator falou "o que queriam ouvir, o que era necess�rio para ter sua liberdade. N�o o culpo", disse.

Podval disse ainda que o decreto de pris�o tempor�ria � uma "antecipa��o da pena" e que o Pa�s vive um momento em que "a exce��o vira regra: prender pessoas era exce��o". Embora tenha evitado fazer cr�ticas diretas ao juiz S�rgio Moro, o advogado disse que ele "se deixou levar" pelo apelo p�blico. "Estamos vivendo momento dif�cil, est�o acontecendo coisas diferentes e isso tem se misturado � movimenta��o processual. N�o vou culpar o Sergio Moro, n�o acho que ele esta fazendo pol�tica, mas acho que como qualquer se humano ele reage � press�o popular", disse.


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