Ap�s dois meses de impasse e atrav�s de uma interven��o do diret�rio estadual, o PSDB definiu a dire��o da legenda na capital paulista - que ter� papel fundamental na escolha do candidato tucano na corrida � principal prefeitura do Pa�s no ano que vem.
Na noite desta segunda-feira, 3, a Executiva Estadual do PSDB interveio e p�s fim � disputa que, pela primeira vez, colocou em campos opostos o filho e o neto do ex-governador tucano, M�rio Covas. Zuzinha foi pessoalmente � reuni�o da Executiva Estadual ontem e fez uma apresenta��o dos fatos segundo seu ponto de vista. Ele relata ter feito tamb�m um agradecimento ao apelo do governador Geraldo Alckmin, por ter pedido � dire��o estadual da legenda que desse uma solu��o ao caso ainda nesta segunda. Foi realizada uma vota��o e, no fim da noite, a maioria deu aval a Zuzinha.
A decis�o tem import�ncia pr�tica para o funcionamento do diret�rio municipal, alertou Zuzinha. Agora o diret�rio pode acertar as finan�as e pagar funcion�rios, j� que os pagamentos estavam retidos por causa da indefini��o na tesouraria.
Depois de conseguir manter suas indica��es, Zuzinha voltou a adotar o discurso conciliador e diz que vai insistir na estrat�gia de composi��o das diferentes correntes tucanas. "� claro que foi uma vit�ria pessoal. Mas a vit�ria mais importante � que a gente tenha encerrado esse assunto. Afirmo desde l� atr�s e continuo afirmando que quero compor com as diferentes for�as do partido", disse Zuzinha.
Hist�rico
Em junho, Zuzinha se disse alvo de "trai��o" das pessoas que articularam uma forma��o para a executiva em paralelo. Ele alegava ter chamado os grupos de An�bal, Tr�poli e Bruno para compor a dire��o municipal. Bruno, por sua vez, dizia que o seu grupo tomou a decis�o de anunciar uma outra executiva porque estava "sub-representado" e chegou a jogar indiretas contra o tio, afirmando que Zuzinha dava sinais de "compromisso com a outra candidatura" - em refer�ncia ao vereador Andrea Matarazzo, que tem declarado h� tempos a inten��o de concorrer � Prefeitura paulistana.
Zuzinha nega que tenha qualquer prefer�ncia pelo nome de Matarazzo e defende a realiza��o de pr�vias o mais brevemente poss�vel. "Essa � a pior parte da confus�o toda. N�s j� t�nhamos atrasado o processo em dois meses, por conta do adiamento das conven��es, e agora perdemos mais dois meses. O ideal � que realiz�ssemos as pr�vias ainda neste ano para entrar no ano que vem com o candidato definido."
Matarazzo vem trabalhando desde o in�cio do ano em uma campanha pr�pria com os diret�rios zonais, na aposta de que um trabalho adiantado o colocaria em vantagem se a disputa acontecer na urna. A tradi��o do partido at� o momento, no entanto, n�o � de processos internos transparentes. "Nas elei��es anteriores, n�o tinha sentido porque o partido ia lan�ar quadros como (Jos�) Serra e (Geraldo) Alckmin, ent�o n�o fazia sentido, fazer pr�via num processo em que havia um nome muito superior aos demais. No processo atual, n�o temos ningu�m com essa for�a, ent�o � o momento de fazer a pr�via", diz Zuzinha
O presidente municipal diz que a diverg�ncia com outros grupos s�o "�guas passadas" e que voltou a oferecer duas vagas para o grupo de An�bal, Tr�poli e Bruno na executiva. Ele admite haver "certa estranheza" com o sobrinho, mas diz que ser� superada. "N�o pode, do ponto de vista at� de fam�lia, a gente se tornar advers�rio ou inimigo por conta de um processo que � passageiro", comentou.
An�bal disse que, para o grupo, o importante � que a disputa foi encerrada e minimizou a quest�o. "N�o havia �nimo algum em prosseguir com essa disputa", disse em breve coment�rio � reportagem. Mas ele deu um recado � proposta de pr�vias de Zuzinha. "O importante � tentar convergir no procedimento (de escolha do candidato), se for�ar a m�o n�o ser� converg�ncia."