Bras�lia, 06 - Em um novo apelo ao Congresso Nacional, o articulador pol�tico do governo e vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, afirmou que n�o se pode dizer que n�o tem crise nenhuma, porque isso n�o ajuda a super�-la. "A crise econ�mica muitas vezes ocorre e � logo superada. Uma eventual crise pol�tica, no Congresso, � imediatamente superada ou ser� superada ao longo do tempo", destacou.
Com a necessidade de di�logo entre o Pal�cio do Planalto e o Congresso Nacional, Temer afirmou que o alerta realizado nessa quarta, 5, por ele em seu pronunciamento era indispens�vel. "N�s vamos continuar dialogando."
Para o vice-presidente, o Brasil tem governabilidade plena. "Eu n�o tenho a menor d�vida", ressaltou. Temer chegou a afirmar que, embora digam o contr�rio, Dilma Rousseff "tem um relacionamento muito f�rtil com o Congresso e governadores". Para ele, a presidente fez um trabalho excepcional ao longo do tempo e ajudou a produzir os avan�os sociais que o Brasil conhece.
Temer afirmou ainda que n�o h� uma "crise institucional no Brasil porque temos a tranquilidade para aplica��o do direito" e que para exercer uma democracia, � preciso governabilidade.
Segundo Temer, "na democracia, para ter governo, precisa de roteiro para governar, precisa ter poder para governar". "Hoje, � preciso estar atento � governabilidade e a outros fatores fundamentais, tem que fazer uma conjun��o das for�as pol�ticas do pa�s no Congresso, na Uni�o, nas Assembleias, C�mara legislativas para governar", afirmou para, depois, dizer que seja no parlamentarismo, no presidencialismo, a governabilidade depende desses fatos. Como advogado, Temer ressaltou a necessidade de contestar os juristas. "Democracia � o regime da contesta��o", declarou.
Para o vice-presidente, a iniciativa privada colabora muito com o estado brasileiro. "A ideia de gerenciamento passou a ser vigorosa e o estado decidiu passar para a iniciativa privada", finalizou.
Especialista em direito constitucional, Temer ressaltou que o Brasil passou por v�rias fases constitucionais. Em referencia ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aur�lio Mello, e ao advogado-geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams, que estavam ao seu lado durante uma palestra sobre Governan�a e Governabilidade, Temer afirmou que eles exercem uma fun��o estatal. "Eu, o Adams, somos governo, mas n�o somos os donos do poder, o dono do poder � o povo", disse.
Ao falar sobre o poder popular, Temer ressaltou que referendos e plebiscitos s�o pouco utilizados e deveriam ser mais acionados. O vice-presidente ponderou ainda que "a a��o popular continua cabendo a qualquer cidad�o que ache que houve desvios na administra��o p�blica".
Sobre uma poss�vel reforma ministerial, Temer tamb�m n�o entrou em detalhes e afirmou que a decis�o � da presidente Dilma Rousseff. "N�o tenho not�cias do que ser� feito", finalizou.
Base aliada
Michel Temer manteve um tom ameno ao ser questionado se o ministro do Trabalho, Manoel Dias, integrante do PDT, deveria entregar a Pasta ap�s a sa�da do seu partido da base aliada do governo. Para Temer, "a mat�ria ser� examinada mais adiante. Creio que precisamos manter, no sistema atual, a maior coaliz�o poss�vel".
Ap�s fazer um apelo ao Congresso Nacional por harmonia, Temer afirmou que o poder legislativo "� o primeiro poder do estado e deflagra atividades do executivo e autoriza as atividades do judici�rio". Com a sa�da do PTB e do PDT da base do governo, o vice-presidente disse ainda que "fidelidade partid�ria � algo extremamente �til".