S�o Paulo, 11 - Cerca de 200 juristas reunidos nesta ter�a-feira, 11, em S�o Paulo, apoiaram um manifesto que pede que a ren�ncia imediata da presidente Dilma Rousseff. O ato foi organizado pela associa��o dos ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de S�o Paulo (USP), que celebra nesta ter�a-feira, 11, o Dia do Advogado - no dia 11 de agosto de 1827 foi instalado o primeiro curso de Direito do Brasil.
"A comunidade jur�dica, despida de qualquer uniforme partid�rio (�) declara que urge um gesto de grandeza pol�tica, para que a senhora presidente da Rep�blica preserve tanto as institui��es que jurou defender como sua pr�pria biografia. Ren�ncia j�", diz o documento. O manifesto foi redigido pelo advogado Flavio Flores da Cunha Beirrenbach, ex-ministro do Superior Tribunal Militar (STM), ex-deputado pelo MDB e presidente da associa��o dos ex-alunos.
Entre os juristas presentes na plateia e que apoiaram a iniciativa estavam dois ex-ministros da Justi�a, Jos� Gregori e Miguel Reale Junior, ambos do governo Fernando Henrique Cardoso, o ex-deputado Almino Afonso, o jurista Modesto Carvalhosa e o ouvidor geral do Estado de S�o Paulo, Gustavo Ungaro.
O secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, Alexandre Moraes (PMDB), tamb�m esteve no evento e aplaudiu a leitura do manifesto, mas preferiu n�o assinar o documento e deixou o local sem falar com a imprensa.
"A comunidade jur�dica est� muito consciente que os caminhos de afastamento da presidente s�o longos: impeachment, representa��o por crime comum ou o processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Pa�s se encontra em uma situa��o terminal. A situa��o pol�tica e econ�mica exige uma medida urgente e a �nica poss�vel dentro do processo democr�tico � a ren�ncia", disse Miguel Reale Junior.
Coordenador do comit� financeiro da campanha presidencial de A�cio Neves no passado, Jos� Gregori tamb�m defendeu a ren�ncia, mas criticou a iniciativa de parte do PSDB que defende a realiza��o de novas elei��es. "Novas elei��es s� no bojo de um processo constitucional. Do contr�rio � golpe de estado. Isso seria ferir de morte toda a tradi��o democr�tica do PSDB", afirmou o ex-ministro.
"J� a ren�ncia � um ato unilateral. � preciso que a pessoa tome essa decis�o. Tem a ren�ncia tresloucada, como a do J�nio (Quadros) e tem a ren�ncia construtiva, como a de Charles De Gaule depois de maio de 1968. Pode ser um ato de grandeza de uma pessoa que sente que o Brasil caminharia melhor sem a sua presen�a", concluiu Gregori.