
Desde 23 de julho, quando o tribunal anunciou uma apura��o sobre o caso, os trabalhos n�o tiveram avan�o. Nesta ter�a-feira, 11, ap�s questionamento da reportagem, foi sorteado um relator para conduzi-los: Augusto Nardes. A corte divulgou relat�rio que cita ao menos 79 visitas de Tiago �s suas depend�ncias, mas n�o informou, na maioria dos casos, para quais gabinetes ele se dirigiu, o que ajudaria a mapear quais interesses defendeu e perante quem.
Tiago fez fortuna � frente de uma banca com forte presen�a no �rg�o comandado pelo pai, como revelou o jornal O Estado de S.Paulo. O escrit�rio foi alvo de buscas na Opera��o Politeia - bra�o da Lava Jato que apura a suposta atua��o dele para influenciar decis�es da corte, com base em depoimentos do dono da UTC, Ricardo Pessoa, delator do esquema de corrup��o na Petrobras.
A investiga��o foi aberta por Raimundo Carreiro, corregedor do TCU. Ele, contudo, n�o ficou � frente do caso, pois foi citado na dela��o de Pessoa. Em depoimento, o empres�rio disse ter pago R$ 1 milh�o para que Tiago resolvesse pend�ncia de processo da usina de Angra 3, caso relatado por Carreiro. O ministro e Tiago negam qualquer participa��o em il�citos.
O registro do destino � exigido pelo TCU de todos os visitantes, inclusive advogados. No caso de Tiago, a informa��o consta em apenas nove ocasi�es. Em oito, a corte alega que ele teria se dirigido aos setores do cerimonial e da OAB. Numa nona, em 8 de julho passado, foi ao gabinete do ministro Bruno Dantas com o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) tratar de processo de interesse da For�a Sindical, alvo de auditorias, entre elas uma que apura dano ao er�rio em repasses de R$ 1,1 bilh�o. Dantas disse que a audi�ncia foi marcada com Paulinho e que Tiago apareceu no gabinete o acompanhando.
Outro advogado do escrit�rio, Thiago Groszewicz Brito esteve cem vezes no TCU a partir de 2006. Mas a corte s� informou o destino dele em oito ocasi�es, como nos gabinetes de Carreiro, em 2011, e de Dantas em 28 de julho. A audi�ncia com assessores de Dantas teria sido para tratar de interesses de gestores do Banco do Nordeste em processo sobre irregularidades na concess�o de cr�ditos.
Defesas
Em nota, o TCU informou que suas recep��es n�o costumavam registrar, at� junho, o destino dos visitantes devido a dificuldades na opera��o dos antigos sistemas. Isso s� ocorria eventualmente, segundo a corte. O escrit�rio de Tiago afirmou que o levantamento aponta "m�dia de uma visita a cada dois meses ao local de trabalho do seu pai" e que tal frequ�ncia n�o representa "ilegalidade" ou "anormalidade". O escrit�rio reafirmou que "n�o patrocinou interesses do Grupo UTC no TCU".