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Estado de Minas

Manifesta��es pelo Pa�s testam novo f�lego pol�tico da presidente Dilma


postado em 16/08/2015 09:01

Bras�lia, 16 - Com a crise pol�tica dando sinais de tr�gua, o governo avalia que as manifesta��es contra a presidente Dilma Rousseff hoje ser�o menores que os protestos de mar�o e abril, mas nem por isso menos preocupantes. Embora as amea�as de impeachment tenham esfriado nesta semana, ap�s a��es do Pal�cio do Planalto, do Senado e at� do Judici�rio, o temor � de que haja confronto nas ruas, provocando um clima de instabilidade no Pa�s.

Os movimentos que lideram os protestos fazem outra aposta. Avaliam que as manifesta��es subir�o de patamar e ser�o mais incisivas. Segundo eles, 251 cidades ser�o palco dos atos.

N�meros � parte, a percep��o do Planalto � que a nova leva de passeatas virou uma prova de fogo para Dilma e o PT. Se o movimento for incipiente, o governo poder� respirar mais aliviado, tentar virar a p�gina da crise e do ajuste fiscal e montar uma �agenda positiva�, apesar da Opera��o Lava Jato, que desvendou um esquema de corrup��o na Petrobr�s. Se a temperatura das ruas for mais alta, por�m, o diagn�stico pode ser perigoso.

Dilma desautorizou o presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que na quinta-feira convocou um �ex�rcito� de �armas na m�o� contra tentativas de se afastar a presidente, em ato no Planalto. Duas horas depois, foi cobrado pela presidente, que considerou a declara��o �desastrosa�, por incitar a viol�ncia e atear fogo na crise na semana em que a tese da ruptura perdeu for�a. O sindicalista disse que havia usado uma �figura de linguagem�. No dia seguinte, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse que Freitas �errou� de forma involunt�ria.

Apesar do f�lego obtido no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da parceria com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para driblar a��es que podem culminar em impeachment, o governo segue apreensivo. Nos �ltimos sete dias, Dilma fez seis discursos com men��es � democracia. Aconselhada por Lula, admitiu erros na condu��o do governo e adotou o termo �travessia� para se referir ao cen�rio de turbul�ncias, com a inten��o de mostrar uma luz no fim do t�nel.

�Estamos suando a camisa�, disse o ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva. �Independentemente do tamanho, as manifesta��es s�o importantes e temos de lidar com essa situa��o com naturalidade.�

Levantamento que chegou � c�pula do PT e do Planalto mostra que, embora as redes sociais indiquem mobiliza��es menores, a insatisfa��o com o governo � crescente. A popularidade de Dilma est� em queda livre, seus eleitores querem que ela cumpra promessas de campanha e h� desencanto. A esperan�a, para os petistas, � que o desgaste n�o significou, at� agora, o fortalecimento da oposi��o.

O PSDB, presidido pelo senador e candidato derrotado ao Planalto A�cio Neves (MG), desta vez incentivou formalmente as convoca��es para os protestos e recha�a a tentativa do Planalto de carimbar a iniciativa como �golpe�. O partido, por�m, se divide no apoio ao impeachment ou na tentativa de se impugnar a chapa vencedora de 2014.

O tamanho e alcance dos protestos s�o vistos como determinantes pela oposi��o. �Ser�o o xeque-mate: se forem um sucesso, v�o dar musculatura aos pol�ticos favor�veis ao impeachment�, disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Contas

Depois de isolar o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao se aliar a Renan, Dilma ganhou tempo no TCU. Com a ajuda do senador, influente no tribunal, e do vice Michel Temer, o Planalto conseguiu adiar a vota��o das contas de 2014 para um momento de menor conturba��o pol�tica. Al�m disso, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as contas precisam ser votadas em sess�o conjunta do Congresso, formada por deputados e senadores. A medida enfraqueceu Cunha, que rompeu com Dilma ap�s o cerco se fechar contra ele na Lava Jato.

�Terminamos a semana marcando um gol e queremos continuar assim�, resumiu o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS). Mas Dilma ainda ter� de se acertar com os movimentos sociais. �A sa�da que defendemos n�o � com Cunha nem com Renan. � com o povo�, disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).


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