
Numa indireta a Fernando Henrique Cardoso, o l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), ironizou a cobran�a do ex-presidente de ren�ncia da presidente Dilma Rousseff. "O Lexotan parece ter acabado em Higien�polis. S� pode ser essa a justificativa para a escalada de ansiedade e agita��o inaugurada nesse ninho tucano onde n�o se choca outra coisa que n�o ovo da serpente", afirmou o petista, numa refer�ncia ao bairro onde mora o ex-presidente.
Um dia ap�s os protestos de domingo, 16, FHC defendeu que, como "gesto de grandeza", Dilma deveria renunciar ao cargo ou pedir desculpas � popula��o pelos erros. Em discurso da tribuna, o l�der do PT repudiou o que chamou de "nova quartelada" do PSDB, que deve envergonhar muita gente do partido, e alfinetou a atitude do ex-presidente.
"Lamentavelmente, entre essas pessoas (que se envergonham com a a��o do PSDB) n�o se encontra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, autor dessa triste nota, da �ltima segunda-feira, que mancha a sua biografia e passar� para a Hist�ria do Brasil como um documento em que um ex-presidente dito democrata assume o discurso golpista que n�s julg�vamos p�gina virada na Am�rica Latina", afirmou.
O l�der do PT lembrou o fato de que FHC j� disse para que todos esquecessem o que ele escreveu. "Pois essa nota ser� mais uma entre as tantas obras do ex-presidente que os brasileiros mandar�o solenemente para o esquecimento", cutucou.
Manifesta��es
Embora tenha destacado que respeita os protestos do fim de semana, Humberto Costa afirmou que o domingo deixou evidente que os manifestantes que foram �s ruas n�o s�o representantes dos brasileiros que est�o insatisfeitos. Segundo ele, os manifestantes querem mudan�as no governo, mas recha�am golpismo, impeachment ou qualquer sa�da que flerte com a ruptura da ordem democr�tica.
"Os brasileiros insatisfeitos com a atual conjuntura querem sa�das s�rias para a crise. N�o querem agrav�-la", rebateu o petista, ao afirmar que a constata��o ficou "muito clara" diante do fato de que, mesmo com todo dinheiro que irrigou os protestos e o apoio prestado pela oposi��o, as manifesta��es foram menores que as do m�s de mar�o.