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Estado de Minas

Ministro do TCU n�o vai conduzir investiga��o sobre tr�fico de influ�ncia


postado em 19/08/2015 22:49

Bras�lia, 19 - O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), avisou aos colegas de plen�rio nesta quarta-feira que n�o vai, por ora, conduzir investiga��o sobre den�ncias de tr�fico de influ�ncia envolvendo o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente da corte, Aroldo Cedraz.

O TCU anunciou h� quase um m�s a abertura de uma apura��o preliminar sobre o caso, que n�o avan�ou. Ministros resistem em assumir a relatoria do processo, sob o argumento de que seria um constrangimento e um desgaste perante Aroldo Cedraz.

Em julho, o escrit�rio do advogado foi alvo de buscas na Opera��o Politeia - bra�o da Lava Jato que apura a suposta atua��o dele para influenciar decis�es da corte, com base em depoimentos do dono da UTC, Ricardo Pessoa, delator do esquema de corrup��o na Petrobr�s.

Tiago fez fortuna � frente da banca, com forte presen�a no �rg�o comandado pelo pai. Circula com desenvoltura pelos gabinetes da corte e tem rela��es pr�ximas com alguns ministros. Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, um relat�rio do TCU, obtido por meio da Lei de Acesso � Informa��o, relaciona ao menos 79 visitas dele ao pr�dio o tribunal em Bras�lia desde o fim de 2006, ano em que come�ou a atuar como advogado.

A investiga��o preliminar foi instaurada por Raimundo Carreiro, corregedor do TCU, mas ele n�o ficou � frente do caso, pois foi citado na dela��o de Pessoa. Em depoimento, o empres�rio disse ter pago R$ 1 milh�o para que Tiago atuasse em caso relacionado a obras na usina de Angra 3. No TCU, Carreiro � o relator de processos sobre essas obras. O ministro e Tiago negam qualquer participa��o em il�citos.

Nardes foi sorteado o relator na semana passada e, desde ent�o, vem dizendo que n�o decidiu se ficar� na fun��o. O aviso de que n�o vai assumir a relatoria, ao menos por ora, foi discutido em sess�o reservada do tribunal, com os demais ministros. A justificativa � que Carreiro, como corregedor, tem de definir primeiro sua situa��o, declarando-se oficialmente suspeito ou impedido para conduzir a investiga��o.

O impasse ainda n�o tem solu��o. Os integrantes da corte discutem a possibilidade de que uma comiss�o de ministros leve a apura��o adiante. Uma decis�o a respeito, contudo, n�o foi tomada. "Isso � um abacaxi", disse, reservadamente, um dos ministros.

Nesta quarta-feira, Nardes n�o atendeu a telefonemas do jornal O Estado de S. Paulo e n�o retornou recado deixado pela reportagem em seu gabinete.


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