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Estado de Minas

Corte de pastas deixa base apreensiva e governo estuda fortalecer a Casa Civil


postado em 26/08/2015 07:37 / atualizado em 26/08/2015 08:22

Bras�lia - A reforma administrativa planejada pela presidente Dilma Rousseff, com corte de dez dos 39 minist�rios, deixou apreensivos aliados, que agora temem perder cargos, e fez ressurgir no governo a defesa de um novo modelo de articula��o pol�tica. Uma das ideias prev� a incorpora��o da Secretaria de Rela��es Institucionais � Casa Civil, que, na configura��o em estudo, seria ainda mais forte do que j� � e voltaria a cuidar da libera��o de cargos e emendas, al�m da gest�o do governo.

Enquanto n�o h� defini��o, deputados e senadores avaliam que a discuss�o sobre corte de minist�rios e redu��o de aproximadamente 1 mil dos 22 mil cargos comissionados vai paralisar o governo, aumentar a disputa por espa�os na m�quina p�blica e piorar a crise pol�tica, num momento em que Dilma enfrenta amea�as de impeachment.

A c�pula do PT passou agora a trabalhar com um novo cen�rio na articula��o pol�tica para insistir na mudan�a do ministro da Defesa, Jaques Wagner, para a Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante. O plano � antigo e j� foi at� defendido pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em reuni�es com Dilma, sob o argumento de que Mercadante � in�bil e j� fez v�rios desafetos no Congresso.

Dilma nunca aceitou tirar Mercadante, alvo de fogo "amigo", do comando da Casa Civil, mas dirigentes do PT prometem conversar novamente com ela, caso a Secretaria de Rela��es Institucionais - hoje respons�vel pelo "varejo" da pol�tica - seja extinta ou abrigada naquela pasta.

'Articula��o paralela'

Desde que o vice-presidente Michel Temer decidiu se afastar da interlocu��o com o Congresso, sob queixas de "articula��o paralela" feita por Mercadante, al�m de embates com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, os problemas na articula��o pol�tica ganharam os holofotes.

Bra�o direito de Temer, o titular da Avia��o Civil, Eliseu Padilha (PMDB), foi na mesma linha do vice e disse que ajudar� o governo nas negocia��es com deputados e senadores apenas at� setembro. Desde abril, Padilha tem dupla fun��o: � titular da Avia��o Civil, mas despacha no gabinete da Secretaria de Rela��es Institucionais, que � vinculada � Vice-Presid�ncia.

Sobre sua mesa despontam planilhas com mapas de como cada parlamentar votou, nos �ltimos quatro meses. A papelada municia o Pal�cio do Planalto na hora da distribui��o de cargos e indica que a base aliada est� cada vez mais dividida. "Tem gente que vem aqui e fala que gostaria de espa�o tal no governo. Mas a� a gente tamb�m tem que ver se ele votou com o governo ou n�o", disse Padilha. "Ningu�m nos engana."

Na noite de segunda-feira, o assessor especial da Presid�ncia, Giles Azevedo, reuniu-se com o presidente do PT, Rui Falc�o, em Bras�lia. Giles tem conversado com deputados e senadores do PMDB, PT, PP e PC do B para orientar a estrat�gia governista na CPI que investiga den�ncias de irregularidades no BNDES. � homem da confian�a de Dilma, mas petistas dizem que n�o tem perfil para ser articulador do Planalto.

Munidos desse diagn�stico, Lula, ministros e dirigentes do PT voltaram a lembrar de Wagner para a tarefa. Ex-governador da Bahia, ele j� foi titular da Secretaria de Rela��es Institucionais no primeiro mandato de Lula. Agora, at� alguns de seus colegas de Esplanada sonham em remanej�-lo para uma Casa Civil mais "encorpada", com poderes de Rela��es Institucionais.

Nos bastidores, Wagner tamb�m � tratado como poss�vel candidato do PT � elei��o presidencial de 2018, caso Lula n�o queira concorrer � sucess�o de Dilma.

Depois de Lula dizer que sentia falta de Wagner no Planalto, Mercadante teve uma conversa com ele, em S�o Paulo. Auxiliares disseram que o chefe da Casa Civil pediu apoio. Foi no governo Lula que a Casa Civil, ent�o sob o comando de Jos� Dirceu, acabou dividida. � �poca, a ideia era que Dirceu cuidasse da gest�o e Aldo Rebelo (PC do B), da articula��o pol�tica, mas os dois "bateram cabe�a".


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