
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) foi recebido com festa da milit�ncia petista no 12º Congresso Estadual da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, no Chevrolet Hall, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Com uma camiseta em punho que estampava "N�o vai ter golpe", Lula subiu ao palco ao lado da presidente da entidade, Beatriz Cerqueira.
Em seu discurso, Lula se dirigiu � presidente Dilma Rousseff, dizendo que a CUT pode n�o concordar com todas as a��es do governo, mas que ir� apoiar a recupera��o e o crescimento econ�mico do pa�s. "A Cut sabe da capacidade de recupera��o desse pa�s e vai ajudar a pensar o modelo de desenvolvimento, a cumprir as promessas de assentamentos, fazendo pol�ticas sociais para que as pessoas mais pobres n�o percam nenhum benef�cio conquistado", disse o ex-presidente.
Lula tamb�m convocou a milit�ncia do partido e deixou em aberto sua candidatura � presid�ncia nas pr�ximas elei��es. "Tem gente pensando o Lula est� velhinho e cansado. Eu jamais vou dizer pra algu�m que sou candidato, mas tamb�m jamais vou dizer que n�o sou", declarou.
O evento estava marcado para �s 18h e Lula chegou com uma hora de atraso ao local, que estava com menos da metade da lota��o. Desde �s 16h30, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Minas Gerais e da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), de um lado, e dos Movimentos Brasil Livre (MBL) e Patriota, do outro, dividiam o espa�o na Avenida Nossa Senhora do Carmo, � espera do ex-presidente.
Na porta do Chevrolet Hall, os manifestantes contr�rios ao PT gritaram palavras de ordem como "Eu vim de gra�a", carregando um caix�o, que simboliza a morte do partido, e exibindo faixas e cartazes, que pedem a investiga��o da presidente Dilma Rousseff e apoiam o juiz S�rgio Moro. No canteiro central da avenida, apoiadores do PT, responderam com gritos de "Ol�, ol�, ol�, Lula, Lula".

Havia palavras de ordem e at� xingamentos de ambos os lados, mas at� ent�o sem viol�ncia f�sica, cada grupo em um lado da avenida. Por volta das 18h10, uma mulher do movimento antigoverno se aproximou dos manifestantes do outro lado e os chamou de "vagabundos". Os manifestantes pr�-governo, em grande parte da CUT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), partiram ent�o para cima dela. O clima ficou tenso e a Pol�cia Militar teve que intervir, usando spray de pimenta para dispersar o tumulto entre os manifestantes.
Os ativistas contr�rios ao PT realizaram ainda um panela�o no local, chamando Lula de "ladr�o" e "chefe da quadrilha", e invadiram a avenida atrapalhando o tr�nsito na Avenida Nossa Senhora do Carmo.
Agenda em Minas
Na parte da tarde, o ex-presidente se encontrou com deputados do PT, no Hotel Mercure. Ele cobrou que os integrantes da legenda construam uma narrativa para rebater cr�ticas da oposi��o. Lula pediu ainda mobiliza��o dos colegas de legenda para uma defesa fervorosa do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Mais cedo, Lula almo�ou com o governador Fernando Pimentel no Pal�cio das Mangabeiras, resid�ncia oficial dos governadores de Minas. O ex-presidente desembarcou na manh� de hoje, no Aeroporto da Pampulha, vindo de Montes Claros, no Norte de Minas, onde participou nessa quinta-feira de encontro com movimentos sociais, entre eles MST, al�m de grupos de trabalhadores da regi�o e lideran�as sindicais.
Antes do ato p�blico em Montes Claros, Lula participou ao lado de Pimentel de um encontro �s portas fechadas com 40 prefeitos e lideran�as petistas, na sede da Associa��o dos Munic�pios da �rea Mineira da Sudene (Amams). Conforme um dos participantes da reuni�o, Lula fez uma compara��o entre os gestores p�blicos e os t�cnicos de futebol, “O t�cnico de time de futebol, se perder duas vezes, vai embora. Se na pol�tica fosse sim, todo dia teria troca de prefeito nas cidades”, teria comentado o ex-presidente.