Deputado quer convocar Lula para a CPI do BNDES

Bras�lia, 30 - O deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO) informou em nota publicada na sua p�gina pessoal na internet que ir� protocolar nesta segunda-feira (31) requerimento na CPI do BNDES para convocar o ex-presidente Luiz In�cio da Lula Silva e o ex-presidente da Odebrecht Alexandrino Alencar. O requerimento vai pedir esclarecimentos sobre suposto tr�fico de influ�ncia de Lula para favorecer a empreiteira, como apontou reportagem da Revista �poca deste fim de semana.

Segundo a reportagem, a empresa teria obtido condi��es mais do que facilitadas em empr�stimos do banco p�blico brasileiro para investir no Porto de Mariel, em Cuba. A mat�ria diz que, em visita em 2011 a Cuba, o ex-presidente Lula teria intercedido junto ao governo da ilha em favor dos interesses da Odebrecht. Segundo documentos obtidos pela revista, o petista reiterou ao dirigente Ra�l Castro o desejo de aumentar a presen�a brasileira no pa�s e citou o compromisso da presidente Dilma Rousseff nesse sentido. Ainda de acordo com a reportagem, Lula disse na ocasi�o que o financiamento ao Porto de Mariel estava "garantido" e n�o haveria mudan�as, conforme trecho de telegrama do Itamaraty reproduzido pela publica��o.

"O BNDES usou centenas de milh�es de d�lares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht. Esse investimento foi feito com dinheiro p�blico e se h� ind�cios de irregularidades, a CPI deve averiguar", afirmou o deputado, que � um dos quatro sub-relatores da comiss�o. "Precisamos ouvir o ex-presidente (Lula) para falar das viagens e reuni�es citadas e o Alexandrino (Alencar), ent�o representante da Odebrecht, maior benefici�ria dos financiamentos do BNDES", acrescentou.

Baldy ressaltou ainda que a reportagem da revista contradiz o que disse o atual presidente do banco, Luciano Coutinho, em depoimento � CPI do BNDES na �ltima quinta-feira (27) de que Lula jamais interferiu em qualquer projeto de financiamento do banco. "Todo ind�cio de tr�fico de influ�ncia deve ser averiguado e os envolvidos devem ser punidos", defendeu.