Bras�lia, 01 - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, evitou nesta ter�a-feira, 1, comentar os questionamentos do relator-geral do Or�amento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), segundo o qual o governo n�o previu na proposta enviada ao Congresso ontem ao menos R$ 3,4 bilh�es em despesas, al�m do d�ficit de R$ 30,5 bilh�es j� contabilizado. "Eu n�o conversei com o relator sobre esses questionamentos", disse o ministro ap�s deixar a reuni�o com as bancadas do PCdoB e do PROS, na C�mara dos Deputados.
Segundo o relator do Or�amento, do total j� identificado de despesas extras al�m do d�ficit previsto, R$ 1,5 bilh�o seria para o pagamento das emendas parlamentares individuais obrigat�rias. Al�m disso, R$ 1,9 bilh�o em gastos seria para compensar Estados com a Lei Kandir, cujo valor total deveria ser de R$ 3,8 bilh�es. "Neste ano, enviamos uma estimativa de gastos de R$ 1,9 bilh�o com a Lei Kandir. Neste Or�amento, foi a primeira vez que previmos gastos com a Lei Kandir", disse.
Barbosa repetiu ainda que o governo apresentou uma proposta de Or�amento "realista" ao Congresso, disse que a receptividade dos parlamentares das bancadas do PT, no in�cio da tarde, e, depois, do PCdoB e PROS foi "boa" �s explana��es feitas por ele e voltou a pregar o apoio de todos os parlamentares � aprova��o de medidas que minimizem o d�ficit estimado. "N�o estamos nos eximindo das responsabilidades", completou o ministro, citando as v�rias a��es previstas do governo para ampliar a arrecada��o e reduzir custos.
O ministro voltou ainda a defender a manuten��o, na sess�o de amanh� do Congresso, dos vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) a projetos j� aprovados, especialmente o que concede aumento aos servidores do Judici�rio em torno de 55%. "O pr�prio Judici�rio j� aprovou outro projeto, alternativo, que est� em tramita��o no Congresso e substitui esse reajuste por outro (de 23,3% em quatro anos)", concluiu.