BH vira palco de movimentos sociais por reforma pol�tica e econ�mica

A capital mineira virou sede de congressos e encontros de movimentos sociais com atua��o nacional. Depois de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva participar de atos no norte do Estado na quinta-feira passada e em Belo Horizonte na sexta-feira, em congresso da CUT-MG, na manh� desta sexta-feira, ser� realizado o Encontro Nacional e Popular pela Constituinte e, no s�bado, a "Confer�ncia Nacional Popular: em defesa da democracia e por uma nova pol�tica econ�mica, com o lan�amento da Frente Brasil Popular".

No encontro desta sexta, um dos coordenadores da campanha por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Pol�tico, Frederico Santana, afirmou � reportagem que a ideia � reunir cerca de mil ativistas e fazer um balan�o do debate sobre a reforma pol�tica, j� que faz um ano da realiza��o do plebiscito popular que votou a favor da reforma por meio da constituinte exclusiva.

"Com esse Congresso do jeito que est�, dificilmente conseguiremos aprovar uma reforma pol�tica democr�tica", ressaltou. Segundo ele, a ideia � que, diante disso, os movimentos sigam organizados para que os pleitos da popula��o sejam contemplados nos debates sobre a reforma pol�tica no parlamento nacional.

O grupo defende, entre outras quest�es, o fim do financiamento privado de campanhas e regulamenta��o de mecanismos de participa��o popular. J� no s�bado, ser� realizada a "Confer�ncia Nacional Popular: em defesa da democracia e por uma nova pol�tica econ�mica", que reunir� movimentos populares, sindicais, pastorais, LGBT, de juventude, negros e negras, mulheres. Na ocasi�o tamb�m ser� lan�ada a Frente Brasil Popular que, entre as suas diretrizes, que defender uma nova pol�tica econ�mica. Em Minas Gerais, a Frente Mineira foi lan�ada no dia 7 de agosto, com a presen�a do te�logo Leonardo Boff.

Segundo a presidente da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, a confer�ncia discutir� a atual situa��o do Pa�s, com a separa��o de oito temas, como defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sociais, as reformas estruturais e populares (cujos ativistas do evento de sexta participar�o), entre outros. "Temos constru�do uma plataforma que converge em v�rios pontos e temos que discuti-la com uma amplitude maior", declarou.

Sobre a defesa de uma nova pol�tica econ�mica, Beatriz lembrou que todas as a��es do primeiro semestre tiveram a t�nica de contra o ajuste fiscal que est� sendo implementado pelo governo. "Todos concordam que do jeito que a economia est� sendo conduzida n�o � a melhor forma de responder aos direitos do trabalhador e da popula��o. Somos a favor de reformas estruturais (pol�tica, tribut�ria), da taxa��o de grandes fortunas, e uma maior participa��o de investimentos no or�amento da Uni�o e Estados", declarou.

Questionada sobre a escolha de Belo Horizonte em sediar o evento, a presidente da CUT-MG disse que nos �ltimos cinco anos, o Estado tem conseguido uma melhor articula��o e converg�ncia entre os diversos movimentos sociais, sindicais, juventude e populares. "O que se assemelha � proposta da Frente nacional", ressaltou.

Sete de Setembro

No Dia da Independ�ncia do Brasil, a capital mineira tamb�m ser� palco de manifesta��es. O desfile ocorrer� a partir das 8 horas, na Avenida Afonso Pena, no Centro. O Grito dos Exclu�dos, organizado por religiosos e representantes de movimentos sociais, sindicais e de juventude, far� seu protesto com concentra��o a partir das 9h30, na Pra�a Raul Soares, no centro. J� os movimentos antigoverno Dilma Rousseff (PT), como o Patriotas e Brasil Livre, convocam militantes a se concentrarem �s 9 horas, na Pra�a Sete, tamb�m no Centro de Belo Horizonte.