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Estado de Minas

Fala de Temer eleva desconfian�a no Planalto e anima PMDB anti-Dilma


postado em 05/09/2015 09:01

S�o Paulo, 05 - O Pal�cio do Planalto reagiu mal nesta sexta-feira (4) � fala do vice-presidente Michel Temer de que ser� dif�cil a presidente Dilma Rousseff resistir tr�s anos no cargo sem apoio popular. Segundo interlocutores da petista, as declara��es foram classificadas como "surpreendentes", "assustadoras" e "desastrosas" e fortalecem a tese de uma corrente de assessores palacianos que acusam o vice de conspirar contra a presidente.

Al�m da forma como Temer abordou o tema, o local escolhido para a declara��o - um evento organizado em S�o Paulo por um movimento que defende o impeachment da presidente Dilma, o Acorda Brasil -, deixaram interlocutores do Pal�cio do Planalto "at�nitos". Alguns assessores chegaram a questionar de que lado Temer est� e se ele est� deixando claro que quer desembarcar do governo.

Tanto que, na avalia��o do PMDB, legenda presidida por Temer, a declara��o do vice d� in�cio ao discurso de desembarque do governo, incentiva a ala da sigla que defende a antecipa��o do movimento, previsto para depois das elei��es municipais de 2016, e fortalece manifesta��es por candidatura pr�pria em 2018.

Nesse sentido, a estrat�gia � cada vez mais se descolar da presidente para deixar claro � sociedade e setores empresarias de que o partido n�o � respons�vel pelo atual cen�rio de recess�o econ�mica e nem favor�vel �s decis�es impopulares que envolvem aumento de carga tribut�ria. "A declara��o, efetivamente, vai animando aqueles que acham que tem que mudar. Vai mostrando a fraqueza dela (Dilma), vai solidificando a opini�o do povo brasileiro de que ela n�o tem condi��o", disse L�cio Vieira Lima (PMDB-BA), que integra o grupo do PMDB favor�vel � debandada do partido.

Cavalo de pau

Para o senador Romero Juc� (PMDB-RR), sua fala foi "realista". "Ele (Michel Temer) fez uma constata��o verdadeira e disse que precisamos agir para mudar essa realidade, porque nenhum governo consegue ficar nessa situa��o, sangrando tr�s anos e meio. E � verdade".

Na opini�o de Juc�, o governo precisa mudar a condu��o da sua pol�tica econ�mica para que as expectativas dos agentes econ�micos possam ser revertidas e, com isso, o Pa�s possa gradualmente retomar o crescimento.

Ou o governo d� um cavalo de pau, muda radicalmente e consegue passar outro tipo de expectativa para sociedade ou vai ter muita dificuldade", afirmou. Disse ainda que coma fala "o PMDB marcou posi��o".

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o, Edinho Silva, a declara��o de Temer foi usada "fora do contexto". "Ele � extremamente fiel � presidente Dilma". O ministro fez quest�o de ressaltar ainda a "lideran�a pol�tica extremamente importante para o governo", representada por Temer, que tem sido "fundamental" para a governabilidade.

'Certeza absoluta'

Diante da repercuss�o negativa causada com as declara��es, Temer tentou consertar o impasse ao conceder entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal. Na conversa, ele ressalta, desta vez, que Dilma vai encerrar o mandato em 2018. "Voc� pode escrever isso: eu tenho certeza absoluta que isso ir� acontecer, que ser� �til para o Pa�s, que n�o haver� nenhum tipo de perturba��o institucional", disse o vice-presidente por telefone. "Dilma continuar� a governar "at� o final, at� 2018", comentou.

Apesar do mal-estar criado com sua declara��o, Temer deve participar de reuni�o amanh�, no Pal�cio da Alvorada, onde a presidente pretende discutir com seus ministros alternativas para cobrir o d�ficit or�ament�rio. Embora acreditem que ele n�o faltar� ao encontro, interlocutores de Dilma consideram que o clima, no m�nimo, ficar� "estranho".

As declara��es do vice-presidente ocorreram em meio ao afastamento dele da articula��o pol�tica do governo ocorrido ap�s desaven�as de Temer com o n�cleo pol�tico mais pr�ximo da presidente Dilma. Temer vinha reclamando que muitas negocia��es que fazia com a base eram desautorizadas ou n�o cumpridas pelo Pal�cio do Planalto. Al�m disso, n�o foi consultado sobre a reforma administrativa estudada pelo governo nem sobre o retorno da CPMF. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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