Bras�lia, 14 - O jurista H�lio Bicudo tem at� quarta-feira da pr�xima semana, 23, para refazer o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que apresentou � C�mara no �ltimo dia 1�. A solicita��o de adequa��o formal foi encaminhada nesta segunda-feira, a pedido do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cunha concedeu o prazo regimental de dez dias �teis para todos aqueles que apresentaram pedidos de impeachment. Foram 17 ao todo - cinco j� foram arquivados. O prazo � concedido para que os autores dos requerimentos possam fazer adequa��es em falhas que v�o desde a falta de informa��es como o CPF do requerente at� a aus�ncia do reconhecimento de firma. A C�mara n�o informou a Bicudo - nem aos outros requerentes - quais as inadequa��es de seu pedido.
A oposi��o aposta no pedido de Bicudo para levar adiante a abertura do processo de impeachment. Como o jurista � um dos fundadores do PT, os parlamentares acreditam que seu requerimento � capaz de sepultar o discurso de "golpe" apresentado por governistas toda vez que se discute o tema.
Nesta quinta-feira, 17, os defensores do impeachment devem fazer um aditamento ao pedido de Bicudo, incluindo no requerimento argumentos de outro jurista, Miguel Reale J�nior, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. A expectativa � que tanto Bicudo quanto Reale acompanhem os parlamentares quando forem protocolar o aditamento.
Nos bastidores, espera-se que Cunha comece a se manifestar ainda nesta semana sobre os demais pedidos. L�deres de partidos da oposi��o acreditam que o presidente da C�mara pode at� indeferir o pedido de Bicudo para n�o se envolver diretamente na pol�mica com o Planalto. Diante da negativa do peemedebista, oposicionistas apresentam recurso ao plen�rio e, com maioria simples, atingem seu objetivo.
Aprovado o pedido, o presidente da Casa cria uma comiss�o especial com representantes de todos os partidos. O relator da comiss�o elabora um parecer, que � levado a plen�rio. A aprova��o exige dois ter�os de votos favor�veis, ou seja, 342 deputados t�m que votar a favor. O presidente da Rep�blica fica suspenso de suas fun��es ap�s a instaura��o do processo pelo Senado.