S�o Paulo, 19 - O desembargador Alberto Ferreira, do Tribunal de Justi�a de Mato Grosso, negou liminar em pedido de habeas corpus para o ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB) - preso desde quinta-feira, 17, na Opera��o Sodoma, por suspeita de exigir R$ 2 milh�es de empresas de pe�as e m�quinas em troca de benef�cios fiscais durante sua gest�o (2011/2014).
Silval Barbosa teve sua pris�o preventiva decretada na segunda-feira, 14, pela ju�za Selma Arruda, da 7� Vara de Cuiab�, especializada em a��es contra o crime organizado. Na quinta, 17, ele se apresentou, acompanhado de seus advogados, os criminalistas Francisco Faiad e Ulisses Rabaneda.
Ao pedir a pris�o preventiva do ex-governador - medida endossada pelo Minist�rio P�blico -, a Delegacia Fazend�ria da Pol�cia de Mato Grosso atribuiu a ele a pr�tica de organiza��o criminosa, concuss�o e lavagem de dinheiro, entre 2013 e 2014. Tamb�m tiveram a pris�o decretada em car�ter preventivo o ex-secret�rio de Estado da Ind�stria e Com�rcio, Minas e Energia, Pedro Jamil Nadaf, e o ex-secret�rio adjunto da Receita estadual, Marcel de Souza Cursi, presos na ter�a-feira.
Os advogados do ex-governador impetraram habeas corpus com pedido de liminar no Tribunal de Justi�a do Estado. �Alegamos aus�ncia de fundamento legal para a pris�o, alegamos que n�o h� provas sequer superficiais de participa��o do governo Silval Barbosa no esquema denunciado e que n�o h� nenhuma raz�o para se decretar a pris�o preventiva do (ex) governador�, anota Francisco Faiad.
Segundo o advogado, por v�rias vezes, antes da decis�o judicial que decretou a pris�o preventiva de Silval, a defesa se prop�s a prestar todos os esclarecimentos. �Quando o (ex) governador sabia que havia alguma investiga��o em andamento ele protocolava peti��es no Judici�rio, no �rg�o de Contas e na Secretaria de Seguran�a P�blica colocando-se � disposi��o para todos os esclarecimentos necess�rios. Foram v�rias vezes, desde janeiro, quando deixou o governo, que ele se prontificou a depor e esclarecer alguma d�vida, alguma situa��o que, por ventura, exigisse dele alguma manifesta��o.�
Francisco Faiad destacou que o ex-governador �deixou todos os seus telefones e endere�os sempre � disposi��o dos �rg�os de controle�. �Mas Silval Barbosa nunca foi chamado, ele nunca soube da exist�ncia desse inqu�rito que resultou no pedido de sua pris�o.�
O advogado do ex-governador atribui a investiga��o contra Silval Barbosa �a uma pirotecnia que est� acontecendo no Mato Grosso no sentido de se transformar esse Estado num Estado de justiceiros�.
Francisco Faiad e seu colega, Ulisses Rabaneda, v�o agora estudar o pr�ximo passo da defesa. Ou aguardam o julgamento do m�rito do habeas corpus pelo colegiado do Tribunal de Justi�a do Estado ou v�o direto ao Superior Tribunal de Justi�a, com um novo pedido de habeas. �Acredito que vamos reverter essa situa��o no STJ�, disse Faiad.