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Estado de Minas

Planalto conta votos no Senado e confia em Renan para barrar impeachment


postado em 20/09/2015 09:49

Bras�lia, 20 - Diante do apoio recebido na C�mara dos Deputados pelo movimento em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Pal�cio do Planalto passou a apostar no Senado como a �ltima e mais segura barreira para evitar a interrup��o deste segundo mandato da petista.

O Senado � respons�vel por dar seguimento ao processo ap�s a C�mara dos Deputados autorizar sua abertura. Na quinta-feira passada, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de impeachment assinado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale J�nior.

O texto conta com o apoio de uma frente de oposi��o e foi considerado reservadamente pelo Pal�cio do Planalto como sendo o mais bem fundamentado e consistente entre os 13 que atualmente est�o na Casa.

Por causa disso, anteontem, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se reuniu com Cunha para pedir a ele que n�o leve adiante o pedido, tamanha a preocupa��o com essa possibilidade. No entanto, o diagn�stico do Planalto � de que o presidente da C�mara, rompido com a presidente Dilma, n�o dever� acatar o pedido de Lula.

Diante dessa adversidade, os governistas mapearam o apoio a Dilma no Senado e j� iniciaram o corpo a corpo com a base de apoio � presidente. Desde o retorno do recesso parlamentar, no in�cio de agosto, o governo melhorou suas rela��es com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o que favorece as articula��es.

"N�o podemos brincar. Est� todo mundo atento ao andamento na C�mara", afirmou o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS). Nas contas realizadas por integrantes da articula��o pol�tica, haveria 43 votos a favor do impeachment no Senado. Esse n�mero asseguraria a perman�ncia de Dilma na Presid�ncia. Para que ela seja impedida de concluir o mandato s�o necess�rios ao menos 54 senadores a favor.

O mapeamento dos votos do governo tamb�m foi feito no calor das discuss�es da c�pula do Pal�cio do Planalto a respeito da pr�xima sess�o do Congresso, prevista para ter�a-feira. Na ordem do dia, estar�o os vetos presidenciais � chamada "pauta bomba", integrada por propostas que podem elevar os gastos do governo federal.

Term�metro

Entre as principais preocupa��es do Executivo est� a derrubada do veto ao projeto que estabelece o aumento do Judici�rio, que pode causar rombo de cerca de R$ 26 bilh�es ao Or�amento da Uni�o para 2016. A derrubada de algum veto ser� considerado um term�metro pelo governo para o processo de impeachment.

A avalia��o de integrantes da c�pula do Senado e at� lideran�as de oposi��o da Casa � a de que, ao contr�rio da C�mara, o processo ainda n�o "est� maduro" para o impedimento da petista. Essa foi a constata��o feita na madrugada da quarta-feira passada, quando l�deres do PMDB se reuniram com Renan.

O entendimento inicial � de que as rea��es contr�rias dos parlamentares da base e do pr�prio PT aos principais itens do novo pacote deixar�o o ambiente em Bras�lia sob uma nuvem de "total incerteza" quanto aos rumos do atual governo.

No encontro, parte dos presentes considerou que n�o cabe � c�pula do Senado, neste momento, incentivar um "rompimento democr�tico".

Parte do grupo ligado a Renan tem o entendimento de que, em meio � falta de solu��o para as crises pol�tica e econ�mica, assumir o comando do Pa�s com o vice Michel Temer (PMDB) traria apenas desgaste � legenda, que trabalha para lan�ar uma candidatura presidencial em 2018. Segundo esse grupo, � imposs�vel fazer um progn�stico do que pode acontecer no curto prazo e um posicionamento contra ou a favor de um rompimento seria estrategicamente errado.

Mesmo uma coaliz�o com partidos de oposi��o, caso Temer assuma o lugar de Dilma, � vista como fr�gil, uma vez que legendas como o PSDB n�o det�m uma milit�ncia forte que pudesse blindar rea��es de movimentos sociais ligados ao PT.

Nas hostes da c�pula do PSDB do Senado, tamb�m h� tucanos, ligados ao presidente da legenda, senador A�cio Neves (MG), derrotado por Dilma na elei��o presidencial do ano passado, que consideram que assumir o Pa�s agora � "entrar no sal�o, no fim da festa, e ter que arrumar toda a bagun�a deixada pelos advers�rios". As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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