A conclus�o da reforma ministerial precisa ocorrer nesta ter�a, 29, ou a bancada do PMDB na C�mara amea�a barrar a vota��o do restante dos vetos presidenciais. O l�der do partido na Casa, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), j� sofre press�o dos colegas por uma defini��o da presidente Dilma Rousseff. Sem a reforma, o processo se arrastar� por mais uma semana. Para o governo, o mais importante � o do aumento aos servidores do Judici�rio. O texto aprovado no Senado e vetado por Dilma prev� aumento de 53% a 78,56% - concedido conforme a fun��o do servidor. O aumento cria impacto financeiro de R$ 25,7 bilh�es para os pr�ximos quatro anos e, depois desse per�odo, passaria dos R$ 10 bilh�es por exerc�cio.
Entre os nomes indicados pela bancada do PMDB para a composi��o do novo minist�rio, a expectativa maior entre os parlamentares est� entre os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Jr. (PMDB-PB) para o Minist�rio da Sa�de. Para integrantes do partido, se Dilma optar por Castro, deputado "governista", poder� desagradar ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB). Embora n�o seja indica��o direta de Cunha, Manoel Jr. se d� melhor com ele. Com a reforma, o PMDB poder� ficar com sete pastas.
Ainda na expectativa quanto � reforma ministerial, outros dois pontos que dependem do Pal�cio do Planalto podem tumultuar a vota��o dos vetos. Um deles � a possibilidade da cria��o do Partido Liberal, iniciativa tocada nos bastidores pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab. O outro � o veto ao financiamento de campanha no projeto da lei da "minirreforma" eleitoral, que aguarda apenas a publica��o no Di�rio Oficial.
Leonardo Picciani disse que � importante para o Congresso a presidente sancionar logo a legisla��o e evitar um clima de inseguran�a. "Somos absolutamente contra o fracionamento do quadro partid�rio. Acho que n�o contribui para o Pa�s ter um quadro fracionado com partidos que sirvam somente como trampolim para que outros possam sair. Espero que seja sancionada a nova legisla��o que deu uma arrumada nisso", disse Picciani.
O peemedebista afirmou que se a publica��o da lei ocorrer com veto ao financiamento privado das campanhas, a C�mara deve derrub�-lo. "� importante ter clareza que o que foi declarado inconstitucional � a lei em vigor, a atual. A lei nova ter� que, se for o caso, ser julgada novamente se algu�m entrar com uma a��o contra ela. Mas ter� que ser um novo julgamento porque ela � materialmente diferente da anterior", disse. H� duas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a vota��o da constitucionalidade da doa��o de empresas privadas durante as campanhas eleitorais e proibiu a pr�tica.