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Estado de Minas

CPI da Petrobras mira em conduta de policiais da Lava Jato


postado em 29/09/2015 22:07

Bras�lia, 29 - Numa sess�o esvaziada e que durou um minuto, deputados da CPI da Petrobr�s aprovaram uma s�rie de requerimentos para investigar a conduta de policiais federais que atuam na Opera��o Lava Jato. Criada para apurar detalhes do esquema de corrup��o na petroleira, que envolve pagamento de propina de empreiteiras a pol�ticos, a CPI pouco avan�ou e agora volta seu foco para a equipe respons�vel por desvendar as irregularidades praticadas na estatal.

Na quinta-feira, 24, o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), convocou uma sess�o extraordin�ria para votar apenas requerimentos direcionados a reunir informa��es sobre a conduta da PF. Al�m de Motta, estiveram presentes apenas outros tr�s deputados, entre eles Luiz S�rgio (PT-RJ), relator da CPI, e Alu�sio Mendes Filho (PSDC-MA). A sess�o durou apenas um minuto e desagradou parlamentares que nem tiveram tempo de chegar ao plen�rio.

Utilizando o qu�rum registrado pela manh� daquele dia, quando a CPI colheu depoimentos, os quatro conseguiram aprovar cinco requerimentos: um pedido de informa��o ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, sobre aquisi��o de equipamentos de intelig�ncia pela PF; outro para que o diretor geral da PF, Leandro Daiello, preste informa��es sobre "equipamentos discretos de intelig�ncia Modelo AT 160"; c�pia de inqu�rito instaurado na Superintend�ncia do Paran� que apura origem de escuta encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef; quebra de sigilo de uma sindic�ncia interna sobre o mesmo tema, al�m de convoca��o de seis delegados e dois agentes ouvidos nessa investiga��o.

Por fim, os deputados requereram da dire��o da PF informa��es sobre per�cia feita nos computadores apreendidos no N�cleo de Intelig�ncia da PF no Paran�. O deputado tamb�m j� havia solicitado informa��es sobre outra investiga��o que apura suposta venda de dossi� para interessados em derrubar a Lava Jato, mas o pedido foi negado pela Justi�a. Nesta ter�a-feira, a CPI j� iniciou as oitivas aprovadas na quinta. Os delegados Mario Fanton e Rivaldo Ven�ncio e o agente Jos� Eraldo de Ara�jo est�o sendo ouvidos. O delegado Renato Herrera e a agente Maria In�s Slussarek n�o compareceram.

Sarney

Todos os requerimentos aprovados na �ltima semana foram apresentados pelo deputado Alu�sio Mendes. Agente da Pol�cia Federal, o deputado maranhense � apadrinhado do ex-senador Jos� Sarney (PMDB-MA) e da ex-governadora Roseana Sarney. O deputado foi secret�rio de Seguran�a P�blica do governo Roseana at� 2014. Ela � acusada pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, de ter recebido R$ 2 milh�es para sua campanha ao governo do Maranh�o em 2010. A ex-governadora nega as acusa��es.

Em 2008, o deputado chegou a ser apontado como a pessoa que vazou para o empres�rio Fernando Sarney, irm�o de Roseana, informa��es sobre a Opera��o Faktor, que investigou tr�fico de influ�ncia no setor el�trico. Ele teve conversas telef�nicas interceptadas pela PF com autoriza��o da Justi�a nas quais alertava Fernando de que um dos motoristas dele estava sendo seguido pela pol�cia. A investiga��o sobre o epis�dio, contudo, foi arquivada e a opera��o da PF, anulada pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ).

A liga��o com a fam�lia Sarney � antiga. O pai do deputado, Aluisio Guimaraes Mendes, foi indicado pelo ex-senador para presid�ncia da Eletronorte na d�cada de 90. A gest�o dele foi marcada por um epis�dio envolvendo a Andrade Gutierrez, empreiteira investigada pela Lava Jato. Aluisio, o pai, mandou pagar R$ 236 milh�es em t�tulos para a empreiteira por uma d�vida que auditoria interna apontou ser de R$ 104 milh�es. O d�bito era referente � constru��o da usina de Balbina, no Amazonas.

O acordo para o pagamento foi feito em oito dias, sem autoriza��o do ent�o presidente da Eletrobras, o hoje vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O tucano mandou a empreiteira devolver o dinheiro recebido indevidamente, o que foi feito. Procurado, o deputado disse que estava em reuni�o da CPI e n�o poderia atender a reportagem.

Em mais uma frente para investigar os policiais, o relator da CPI, Luiz S�rgio, disse nesta ter�a-feira que ir� recorrer ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e ao ministro Teori Zavascki, para se queixar do que considera falta de colabora��o da PF para que a CPI acompanhe as investiga��es sobre os grampos na cela de Youssef. O grampo foi encontrado em abril de 2014 por Youssef na cela em que ele estava na Superintend�ncia da PF em Curitiba. Na ocasi�o, a PF informou que o equipamento estava inativo e havia sido instalado sem autoriza��o.

Em nota, o Minist�rio informou que "reitera seu compromisso com a presta��o de quaisquer informa��es solicitadas pelo Congresso Nacional e, especificamente, por suas Comiss�es Parlamentar de Inqu�rito (CPI), tendo respondido a todos os requerimentos da CPI da Petrobr�s e enviado as informa��es disponibilizadas pelo Departamento de Recupera��o de Ativos e Coopera��o Jur�dica Internacional do Minist�rio da Justi�a e pela Pol�cia Federal."


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