Bras�lia, 06 - O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta ter�a-feira, 6, que � preciso fazer todo o esfor�o necess�rio para tirar da pauta da sess�o conjunta das duas Casas Legislativas os vetos presidenciais. Para ele, � fundamental que os vetos sejam apreciados. "O Brasil precisa deixar de olhar para o seu umbigo e construir sa�das para o Brasil e para isso � fundamental que n�s apreciemos esses vetos e tiremos esses vetos da frente do Congresso Nacional", disse ele, na chegada ao gabinete do Senado.
Constam da pauta para serem apreciados, vetos que preveem o reajuste dos servidores do Poder Judici�rio, que tem impacto, segundo dados do governo, de R$ 36,2 bilh�es at� 2019, e o que atrela o aumento do sal�rio m�nimo a todos os benef�cios do INSS, o que representa uma despesa extra de R$ 11 bilh�es em id�ntico per�odo.
A sess�o do plen�rio, marcada para as 11h30, foi aberta por volta das 12 horas, mas ainda n�o h� quorum para iniciar a vota��o. O n�mero m�nimo � de metade mais um dos parlamentares de cada Casa. Servidores do Judici�rio j� est�o em frente ao Congresso mobilizados para defender a derrubada do veto, tido pelo governo como o mais complicado na pauta de vota��es.
Na r�pida entrevista, Renan disse n�o ter acompanhado a reforma ministerial para manter a "isen��o" do Congresso na mudan�a do primeiro escal�o. Nos bastidores, por�m, ele se preocupou com a participa��o do PMDB do Senado no governo. Questionado se as altera��es feitas pela presidente Dilma Rousseff ajudam na vota��o prevista para hoje, ele negou. "N�o vejo rela��o direta da reforma com a vota��o que vamos ter hoje no Congresso Nacional", disse.
TCU
O presidente do Congresso n�o quis comentar o pedido do governo para tentar afastar o relator das contas da gest�o Dilma de 2014 no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), o ministro Augusto Nardes. O julgamento das contas est� marcado para esta quarta-feira, 7.
"O Tribunal de Contas, apesar de ser um �rg�o auxiliar do Legislativo, tem independ�ncia, absoluta independ�ncia", limitou-se a dizer.
Uma eventual rejei��o das contas de Dilma, tida como cen�rio mais prov�vel pelo governo, ajudaria a embasar ou dar for�a a um pedido de impeachment contra a presidente no Congresso. No in�cio da tarde, a oposi��o vai se reunir com o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, a fim de prestar solidariedade � Corte.