Rio de Janeiro, 06 - A Controladoria Geral da Uni�o (CGU) informou nesta ter�a-feira, 6, que a negocia��o para um acordo de leni�ncia com a empresa holandesa SBM Offshore corre em sigilo e, por isso, n�o se manifesta sobre poss�veis valores de indeniza��o. Reportagem do jornal O Globo desta ter�a indica que os valores em negocia��o chegam a R$ 1 bilh�o, que seriam devolvidos integralmente � Petrobras. Parte do montante, entretanto, seria pago com a presta��o de servi�os.
A empresa holandesa, fornecedora da Petrobras que confirmou ter pagado propina a funcion�rios da estatal, negocia o pagamento de uma multa para evitar processos judiciais e o impedimento de novas contrata��es com qualquer empresa p�blica brasileira. Na �ltima semana, a SBM divulgou ter sido autorizada a participar de novas licita��es da estatal ap�s ter recebido aval da CGU. Segundo a reportagem publicada hoje, a pr�pria SBM solicitou que o acordo de leni�ncia em negocia��o tivesse uma cl�usula que a autorizasse a participar de novas contrata��es.
"A Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) esclarece que est� em negocia��o com a empresa holandesa SBM (conforme memorando de entendimentos firmado entre CGU, AGU e SBM no primeiro semestre deste ano) para analisar a possibilidade de o governo brasileiro firmar acordo de leni�ncia, instrumento pelo qual a empresa se compromete a colaborar com as investiga��es", diz comunicado da Controladoria.
A SBM Offshore foi denunciada em janeiro do �ltimo ano, ap�s um ex-funcion�rio vazar informa��es de que a empresa teria pagado propinas em valores superiores a US$ 139 milh�es em tr�s pa�ses, entre eles o Brasil. A empresa teria pagado "comiss�es" a funcion�rios e agentes p�blicos brasileiros para obter informa��es privilegiadas dos projetos da estatal. A petroleira abriu auditoria interna mas n�o encontrou ind�cios de corrup��o. Entretanto, meses depois, a pr�pria SBM confirmou � estatal o pagamento de propinas.
A empresa ficou bloqueada por cerca de 11 meses de participar de novas licita��es da Petrobras. Na �ltima semana, entretanto, informou ter refeito seu cadastro na estatal, a partir do novo modelo de governan�a e conformidade da petroleira, e que estaria apta a participar de duas novas licita��es para afretamento de unidades de produ��o para as �reas de S�pia e Libra, na Bacia de Santos.