Bras�lia, 07 - O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 7, que o parecer do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pela rejei��o das contas do governo Dilma Rousseff em 2014 "j� era esperado". "J� estava praticamente anunciado por todos. Agora o parecer vai vir para o Congresso e a �ltima palavra � e ser� do Congresso", disse.
Por unanimidade, os ministros do TCU entenderam que o balan�o apresentado pela Uni�o continha irregularidades que feriram preceitos constitucionais, a Lei Or�ament�ria e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A reprova��o tem como base, principalmente, as "pedaladas fiscais" - manobras reveladas no ano passado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que consistiram em atrasar repasses do Tesouro Nacional para bancos pagarem despesas de programas sociais obrigat�rios.
Cunha afirmou ainda que a tentativa do governo em adiar o julgamento, pedindo o afastamento do relator das contas Augusto Nardes, alegando que ele havia antecipado o seu voto, foi um "erro pol�tico grave". "Quando o governo foi pedir a suspei��o do relator praticamente j� antecipou o resultado. Ali foi um erro pol�tico grave do governo, para tentar talvez politizar o processo", disse.
Para o presidente da C�mara, que ainda tem sobre a mesa sete pedidos de impeachment contra a presidente Dilma para avaliar, a decis�o do TCU n�o necessariamente interfere no andamento do processo. "O importante � o conte�do que ainda vai vir, o conte�do vai ser apreciado pela Comiss�o Mista de Or�amento e depois pelas duas casas", disse.
Segundo Cunha, h� ainda uma decis�o preliminar ao parecer das contas, que � o de avaliar se atos cometidos em um mandato anterior valem para o pr�ximo. "A minha opini�o, at� agora formulada, tem sido que o mandato � novo, ent�o a gente n�o contamina um mandato com outro. Essa � opini�o que expressei at� agora. N�o mudei ainda n�o", disse.