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Estado de Minas

Bicudo e Reale protocolam novo pedido de impeachment e evitam falar sobre Cunha


postado em 15/10/2015 13:37

S�o Paulo, 15 - O jurista Miguel Reale Jr, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, e o ex-petista H�lio Bicudo foram nesta quinta-feira, 15, ao 4� cart�rio de notas na capital paulista para protocolar um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O cart�rio recebeu Janaina Paschoal, advogada que tamb�m assina a pe�a. O procedimento, acompanhado pelo l�der do PSDB na C�mara, Carlos Sampaio (SP), � um reconhecimento das assinaturas dos protocolantes antes de o pedido ser levado � Casa. Sampaio informou que um assessor dele e a filha de Bicudo levar�o o pedido amanh� para Bras�lia.

Reale Jr voltou a reclamar do que chamou de interfer�ncia do Supremo Tribunal Federal sobre o regimento da C�mara, com as liminares que travaram o rito que havia sido acordado com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ele lembrou que houve um pedido de impeachment contra FHC em que houve recurso ao plen�rio e que, portanto, n�o v� nenhum problema nesse rito. "N�o h� nada de mais. O que h� de mais � invas�o do Supremo em coisas internas do Poder Legislativo", afirmou o jurista.

Ele explicou que o novo pedido � o mesmo texto do pedido anterior, apenas incluindo a quest�o de as pedaladas fiscais terem continuado em 2015, segundo informa��es de um procurador do Minist�rio P�blico de Contas do Tribunal de Contas da Uni�o.

"� uma ilogicidade exigir que se fa�a aglutina��o dos textos que est�o justapostos, mas j� que se exigiu isso, se vai fazer isso. � apenas uma reordena��o, um recorta e cola. N�s, com grande esfor�o intelectual, entregamos um recorta e cola, mas n�o muda nada", afirmou.

Reale Jr evitou falar sobre a legitimidade de Cunha como presidente da C�mara, com a s�rie de den�ncias de envolvimento dele com o esquema de corrup��o na Petrobras. "� outro problema e ele tem que responder por esse processo. A posi��o dele � efetivamente fr�gil, mas ele � o presidente da C�mara. � ele quem vai deferir ou indeferir."

Sobre as informa��es de que Cunha estaria fazendo um acordo com o governo para barrar o impeachment em troca de se livrar do processo de cassa��o na Comiss�o de �tica da Casa, Reale Jr disse que isso seria algo ruim para o Brasil, n�o apenas para quem defende o impeachment. "Enfraquece o Pa�s, o nosso sentimento de moralidade, de brasilidade. Seria um acord�o para jogar embaixo do tapete um pedido de impeachment."

Bicudo, que foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, tamb�m evitou falar sobre a situa��o de Cunha e argumentou ser preciso separar a pessoa f�sica de Cunha da institui��o da presid�ncia da C�mara.

Estimulado por Sampaio, que estava a seu lado, Bicudo repetiu sua fala de que as liminares do STF foram fruto de acordo com a "esc�ria" do PT. "O Supremo decidiu de acordo com o PT", insistiu.

Sobre expectativa de Cunha aceitar ou n�o o pedido, Bicudo desconversou: "Se vai acontecer n�o depende da gente, depende das pessoas que t�m a varinha de cond�o na m�o".

O procedimento no cart�rio tamb�m foi acompanhado por algumas dezenas de manifestantes de grupos pr�-impeachment - que tamb�m subscrevem o pedido de impeachment, como Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online. Rog�rio Chequer, Kim Kataguiri e Marcello Reis, principais porta-vozes desses tr�s grupos, respectivamente, estiveram no local. Os manifestantes estavam com camisetas nas cores da bandeira brasileira e, com um tambor, entoaram gritos de "Estamos nas ruas pra derrubar o PT".


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