S�o Paulo, 16 - A militante Maria Am�lia Teles, a Amelinha, presa e torturada nos anos 70 nas depend�ncias do DOI-CODI, em S�o Paulo, disse que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra - morto nesta quinta-feira, 15, em Bras�lia, v�tima de c�ncer e complica��es card�acas - � o �nico agente da repress�o instalada no Pa�s no per�odo entre 1964 e 1985 "judicialmente declarado torturador". "Ustra foi declarado torturador pelo Estado brasileiro", afirma Amelinha.
"Al�as, o �nico torturador judicialmente declarado torturador", destaca a militante. Em 1972, Amelinha, seu marido, C�sar Teles, militante do Partido Comunista do Brasil, e a irm� Crim�ia de Almeida foram capturados pelas for�as de repress�o e torturados no DOI-CODI, no famoso endere�o da Rua Tutoia, em S�o Paulo.
Os filhos de Amelinha, ent�o com 4 anos e 5 anos, ficaram em poder dos militares. Ao comentar ontem a morte de Ustra, Amelinha disse. "A senten�a que declarou Ustra torturador foi transitada em julgado. o que significa que n�o mais cabia recurso. Com certeza � muito pouco para um militar que sequestrou, torturou , matou, deu vers�es falsas sobre as mortes dos militantes e ainda ocultou cad�veres. � pouco, ele deveria ser condenado criminalmente pelos crimes de lesa humanidade cometidos por ele, todos eles imprescrit�veis. Ele vai sem esclarecer os bem mais de meia centena de assassinados por ele ou a mando dele."