Clima de tristeza e despedida no gabinete do deputado Noraldino J�nior (PSC), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Depois da repercuss�o da presen�a da gata Nora, uma vira-lata adotada pelo parlamentar que passava os dias na sala dele desde a quinta-feira passada, o presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes (PMDB), determinou que a felina n�o pode mais permanecer nas depend�ncias do Legislativo. Desde que chegou, apesar de ficar restrita ao gabinete, ela vem causando rebuli�o e v�rios questionamentos de assessores e deputados.
“O presidente achou melhor levar porque est� dando muito coment�rio. Ele deu todo o apoio mas tem que pensar na institui��o”, afirmou Noraldino. Antes de ser “despejada”, a gata chegou a participar da reuni�o da Comiss�o Extraordin�ria de Direitos dos Animais na quinta-feira passada, quando comp�s mesa e foi apresentada como mascote. Durante os dias, ficava no gabinete de Noraldino, que preside a comiss�o, e � noite os funcion�rios se revezavam levando-a para dormir em casa.
O destino de Nora ainda � incerto. Na quarta-feira ela dormiu na casa do parlamentar e nesta quinta-feira segue para um teste de adapta��o na casa da assessora Nat�lia, que tem um gato macho para fazer companhia para ela. Caso d� certo, ela ser� castrada e os gatos viver�o juntos. Se isso n�o ocorrer, Noraldino ficar� com Nora na casa dele. “Vamos ver se ela vai ficar bem, mas o acordo � de trazer ela para visitar o gabinete de vez em quando”, afirmou.
Noraldino mais uma vez lembrou que algumas empresas t�m permitido a presen�a de animais de estima��o e at� adotam bichos para melhorar a conviv�ncia dos funcion�rios e reclamou: “Outras pessoas n�o precisavam ficar t�o preocupadas com uma gata que fica dentro do gabinete e n�o incomoda ningu�m.”
Aparentemente com cerca de um ano de idade, Nora foi abandonada em uma casa em Macacos, distrito de Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, sem �gua e comida. Foi resgatada por protetores locais e chamou a aten��o de Noraldino, que a levou ao veterin�rio para examinar e a abrigou no gabinete. No tempo em que passou no gabinete, a “funcion�ria” tinha liberdade at� mesmo para subir na mesa do chefe.