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Estado de Minas

Dilma age para se reaproximar de Lula


postado em 28/10/2015 09:07 / atualizado em 28/10/2015 09:52

Dilma participou da festa de 70 anos do ex-presidente, no Instituto Lula, nessa terça-feira (27)(foto: Ricardo Stuckert )
Dilma participou da festa de 70 anos do ex-presidente, no Instituto Lula, nessa ter�a-feira (27) (foto: Ricardo Stuckert )

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff comandou nesta ter�a-feira, 27, uma estrat�gia de reaproxima��o com seu padrinho, Luiz In�cio Lula da Silva, evitando que a crise pol�tica se agravasse ainda mais. Um dia depois de Lula ter culpado Dilma pela opera��o de busca e apreens�o da Pol�cia Federal na empresa de seu filho ca�ula, Lu�s Cl�udio, v�rios gestos foram feitos pelo Pal�cio do Planalto para impedir que a guerra interna no PT atingisse o �pice, contaminando o relacionamento j� desgastado entre criador e criatura.

Dilma embarcou para S�o Paulo, no fim do dia, e participou da festa de 70 anos do ex-presidente, no Instituto Lula. Antes disso, bem cedo, ela telefonou para Lula, postou um v�deo no Facebook chamando-o de "parceiro de todas as horas", disse ter orgulho de caminhar "lado a lado" dele e o cumprimentou pelo anivers�rio.

A ordem no Planalto � n�o jogar mais lenha na fogueira. No n�cleo do governo, o argumento � que um div�rcio dos dois, nesse momento, s� interessa � oposi��o. Um ministro contou ao jornal O Estado de S. Paulo que Dilma disse a Lula entender o seu desabafo de pai, mas garantiu n�o ter controle sobre as a��es da Pol�cia Federal, que na segunda-feira vasculhou a empresa LFT Marketing Esportivo, de Lu�s Cl�udio, ao investigar negocia��es de medidas provis�rias.

Erros

Mais calmo, o ex-presidente negou ter responsabilizado Dilma pela opera��o policial, mas, nos bastidores, em conversa com amigos, ele tem reclamado da sucessora e apontado erros na condu��o da pol�tica e da economia. Queixa-se por n�o ser ouvido e diz que, se ela e o governo n�o mudarem, sua candidatura ao Planalto, em 2018, ser� invi�vel.

Na tentativa de mostrar que a rela��o com Lula n�o est� abalada, Dilma cogita aparecer novamente ao seu lado amanh�, na reuni�o do Diret�rio Nacional do PT, em Bras�lia.

O problema � que, al�m de todos os atritos, Lula n�o perdoa o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo. O coro contra Cardozo, puxado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majorit�ria no PT, deve ser retomado na reuni�o desta quarta-feira (28) da Executiva do partido e tamb�m amanh�, no encontro do diret�rio petista.

Dilma j� avisou, no entanto, que Cardozo fica. A pedido da presidente, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, tenta desde a semana passada reconstruir pontes e marcar um encontro entre Lula e o ministro da Justi�a. Sem sucesso.

A a��o da PF no escrit�rio do filho de Lula ter� como efeito imediato a mudan�a de foco na reuni�o da c�pula do PT. A ideia era aproveitar o encontro para ampliar a press�o sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, al�m de discutir a campanha municipal de 2016. Uma ala do PT tamb�m quer que o partido condene publicamente o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspeito de esconder contas na Su��a com dinheiro da Petrobr�s, mas isso n�o vai ocorrer. A defesa de Lula e do PT deve ofuscar outras pol�micas.


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