(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Delator do esc�ndalo do HSBC diz que v�o surgir novos nomes na Lava Jato

Segundo delator franc�s, o Brasil come�a agora a conhecer a dimens�o da corrup��o envolvendo o banco e que o pa�s deve "colocar o dedo na ferida"


postado em 28/10/2015 14:37 / atualizado em 28/10/2015 14:37

Herv� Falciani, o homem que delatou mais de 100 mil contas sob suspeita do banco HSBC na Su��a, acredita que novos nomes ligados ao esquema de corrup��o da Petrobras ainda v�o vir a p�blico. "O certo � que o Brasil apenas come�a a conhecer a dimens�o desse assunto e, com a Petrobras, � uma bela oportunidade de colocar o dedo onde faz mal", disse.

Falciani, que passou a colaborar com a Justi�a francesa e conheceu como poucos as rela��es entre o HSBC e dezenas de casos de corrup��o, v� as investiga��es da Opera��o Lava Jato como um divisor de �guas. Nas investiga��es conduzidas pelo Minist�rio P�blico da Su��a, uma s�rie de contas no banco foram identificadas em nome de ex-diretores da Petrobras e milh�es de d�lares foram bloqueados.


Sem poder entrar na Su��a, sob risco de ser detido por acusa��es de roubo qualificado e quebra de sigilo banc�rio, Falciani concedeu uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 28, na pequena cidade francesa de Divonne, na fronteira com a Su��a e a poucos quil�metros do primeiro posto de pol�cia.

Questionado por jornalistas brasileiros se novos nomes relacionados � Lava Jato v�o aparecer, o delator confirmou e foi al�m. "Mais que novos nomes, vamos entender os mecanismos usados e teremos a oportunidade para entender e prevenir os futuros esc�ndalos", disse. Para Falciani, o cidad�o comum est� "longe de conhecer o que se passa no caso da Petrobras e HSBC". "O Brasil s� agora come�a a ver o aspecto mais amplo das finan�as", afirmou. "Temos como agir. Gra�as ao contexto que existe no Brasil, temos muito a fazer."

Colabora��o

No Brasil, uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) foi instaurada para investigar o esc�ndalo envolvendo o HSBC e correntistas brasileiros. Em agosto, o franc�s foi a �ltima testemunha ouvida pelos senadores por meio de um teleconfer�ncia.

Falciani disse aos parlamentares que o n�mero de brasileiros com contas na filial do banco ultrapassa muito os 8,7 mil que se conhece at� o momento. Na ocasi�o, ele se disse disposto a compartilhar seu banco de dados com os parlamentares e a colaborar nas investiga��es. Ainda assim, os senadores n�o ficaram convencidos.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chegou a acusar parte dos membros da CPI de tentarem "enterrar" as investiga��es. "Existe uma press�o do poder econ�mico sobre os membros da CPI e existe um esvaziamento proposital da CPI", disse o senador.

Falciani ainda n�o repassou seus dados � Justi�a brasileira e, na Fran�a, a colabora��o com o Minist�rio P�blico do Brasil n�o vingou. "Todos os meios administrativos e judiciais est�o sendo explorados e vamos ver como podemos ajudar. Se n�o pudermos colaborar por meio da Fran�a, faremos pela Espanha ou outro pa�s", disse. Segundo ele, seus advogados est�o prontos para aceitar uma colabora��o com o Minist�rio P�blico brasileiro.

Questionado se estava satisfeito ou n�o com a rea��o do Congresso brasileiro, Falciani desconversou. "N�o cabe a mim estar satisfeito ou n�o. Fazemos o que podemos e com o que temos", disse, relatando que existem cerca de 20 pessoas trabalhando com o dossi� brasileiro. "As trocas com o Brasil continuam. O que foi iniciado ali na CPI estamos tentando fazer avan�ar por outras vias", explicou.

O franc�s evita criticar investigadores ou mesmo as autoridades su��as, que o consideram um ladr�o de dados sigilosos. "A dificuldade � pol�tica. N�o existe vontade pol�tica para conversar com as autoridades fiscais", disse. "H� coisas que podem ser melhores para todos, em detrimento dos interesses financeiros. N�o � para fragilizar as finan�as."

Falciani afirmou que tenta tirar proveito da imagem negativa que bancos e governos tentam passar dele. "A m� imagem � usada e eu n�o me reconhe�o nela. Mas faz parte do jogo. Vou utilizar essa m� imagem. Ser� um comportamento oportunista e tenho o direito de ser oportunista. � um combate", finalizou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)