Rio, 29 - O secret�rio da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Guilherme Schleder, exonerou nesta quarta-feira, a funcion�ria Danielle Porcari Alves. Ela trabalhava como assessora pol�tica do �rg�o desde junho do ano passado a pedido do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conforme revelou o prefeito Eduardo Paes (PMDB). Danielle � filha de Altair Alves Pinto, apontado pelo delator Fernando Falc�o Soares, o Fernando Baiano, como receptor de propinas pagas a Cunha e investigadas na opera��o Lava-Jato. Nem o prefeito nem o secret�rio informaram o motivo da demiss�o de Danielle.
Alves Pinto trabalha com Cunha desde 1999. Ele e parentes s�o donos de empresas que exploram pedras ornamentais no Esp�rito Santo, e com uma irm�, tem sociedade na Ind�stria Aladin M�rmores e Granitos, em Muqui, munic�pio na regi�o sul capixaba. No mesmo endere�o e telefone da Aladin funciona a Guaruj� Granitos, que pertence a Danielle e sua m�e, Marilene Porcari Alves. Uma das principais obras onde a Guaruj� atuou foi a reforma do est�dio do Maracan�. A empresa forneceu as divis�rias e cubas de todos os banheiros do est�dio, al�m do piso da �rea VIP.
Ap�s reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo na segunda-feira, o site da Guaruj� entrou em manuten��o e retirou as imagens do servi�o no Maracan�. A reportagem tentou localizar Danielle na empresa ao longo da semana, mas funcion�rias disseram que ela n�o esteve l� nos �ltimos dias. Ela tamb�m apagou seus perfis em redes sociais e n�o retornou aos contatos da reportagem.
Alves Pinto n�o foi localizado nas casas no Rio e em Muqui. O nome dele surgiu na investiga��o da Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) sobre a corrup��o na Petrobras, ap�s a dela��o premiada de Fernando Baiano. Segundo Baiano, o assessor recebeu entre R$ 1 milh�o e R$ 1,5 milh�o em dinheiro vivo em nome de Eduardo Cunha, como parte da propina total de US$ 5 milh�es. A suposta propina era relativa � contrata��o de navio-sonda pela petroleira. Baiano disse que efetuou os pagamentos a Alves Pinto no escrit�rio de Cunha no centro do Rio, em outubro de 2011.