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Estado de Minas

"Hugo Pimenta � o mandante do crime", diz defesa de Norberto M�nica

J�ri popular da Chacina de Una� entra no quarto e �ltimo dia e ser� marcado por debates entre defesa e acusa��o. Senten�a sai nesta noite


postado em 30/10/2015 09:25 / atualizado em 04/11/2015 11:58

A defesa do fazendeiro Norberto M�nica, acusado de ser um dos mandantes da Chacina de Una�, disse no in�cio do quarto e �ltimo dia do j�ri popular, que seu cliente � inocente. A culpa foi atribu�da ao empres�rio cerealista Hugo Alves Pimenta, delator da chacina. "Ele (Hugo) � um psicopata. Consta nos autos que ele � um homem agressivo, que j� bateu na mulher. J� M�nica, segundo a defesa, � uma pessoa bem quista na regi�o e que saiu de Una� apenas por vergonha da popula��o por ser apontado como mandante do crime".

Nessa quinta-feira (29), a defesa j� havia afirmado que a palavra de Hugo Pimenta, que fez acordo de dela��o premiada com a Justi�a em 2007, 'n�o vale nada'. Hugo aponta o fazendeiro Norberto M�nica como a pessoa que mandou matar tr�s fiscais do trabalho e um motorista. Ouvido nessa quinta-feira como testemunha e acusado de ser intermedi�rio entre pistoleiros e mandantes, o empres�rio dever� ser julgado no dia 10 de novembro.

A previs�o � de que o julgamento ser� encerrado nesta sexta-feira, na sede da Justi�a Federal, em Belo Horizonte. Segundo o juiz Murilo Fernandes, os debates entre defesa e acusa��o podem durar at� nove horas, metade do tempo para cada uma das partes. A previs�o � de que a senten�a saia entre 21h e 22h de hoje.


Marin�s Lina de Laia, vi�va do fiscal Erast�tenes de Almeida Gon�alves, disse que espera Justi�a, mas ressalva: "Condenados somos n�s, familiares, que perdemos nossos entes queridos. Eles, se condenados, v�o recorrer e daqui a alguns anos estar�o livres", lamentou. Durante os debates, a vi�va chorou muito ao ver as fotos do corpo do marido e das demais v�timas no loal do crime. O j�ri teve que ser interrompido por alguns minutos. O promotor Gustavo Torres afirmou que "n�o ser� poss�vel fazer Justi�a plena porque a lei brasileira � muito branda para crimes b�rbaros". Ele lembra que o pistoleiro Erinaldo de Vasconcelos Silva, condenado a 12 anos, estar� livre j� no ano que vem.

S�o julgados nesta sexta-feira dois dos acusados de arquitetar o assassinato dos auditores fiscais do Minist�rio do Trabalho, Norberto M�nica e Jos� Alberto de Castro. Ambos foram interrogados na sess�o dessa quinta-feira (29). Acusado de ser o mandante do crime, o fazendeiro M�nica, conhecido como o “Rei do Feij�o”, disse que n�o teve participa��o nos assassinatos.

O empres�rio Jos� Alberto de Castro, que teria intermediado a contrata��o de pistoleiros, confessou perante o tribunal do j�ri a sua participa��o no assassinato do fiscal Nelson Silva. No dia antetrior,  o advogado do r�u j� havia informado que ele iria admitir a culpa neste crime. Castro afirmou que o combinado era matar apenas o fiscal Nelson Jos� da Silva. No entanto, negou conhecer Norberto M�nica.

A chacina aconteceu em 28 de janeiro de 2004. Os auditores fiscais Erast�tenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva e o motorista Ailton Oliveira foram mortos a tiros quando faziam fiscaliza��o de rotina na zona rural de Una�.

A Pol�cia Federal pediu o indiciamento de nove pessoas por homic�dio triplamente qualificado: os irm�os Ant�rio e Norberto M�nica, os empres�rios Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro e Francisco Elder Pinheiro, al�m de Erinaldo de Vasconcelos Silva e Rog�rio Alan Rocha Rios, apontados como autores do crime, Willian Gomes de Miranda, suposto motorista da dupla de assassinos, e Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de ajudar a apagar os registros da passagem dos pistoleiros pela cidade.

Um dos r�us, o empres�rio Francisco Elder, morreu no �ltimo dia 7, aos 77 anos. Apesar de o crime ter sido cometido em 2004, os tr�s primeiros respons�veis pela chacina de Una� s� foram condenados em agosto de 2013.


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