Bras�lia - Com presen�a em peso na CPI que investiga fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), senadores da base governista conseguiram rejeitar por unanimidade a convoca��o do ex-ministros Erenice Guerra e Gilberto Carvalho, al�m do filho do ex-presidente Lula, Lu�s Cl�udio.
"Rejeitados mais uma vez por unanimidade. Mas s� tem governista aqui, fazer o qu�?", assinalou o presidente da CPI. A frase de Ata�des causou estresse aos membros na reuni�o, que pediram que o senador voltasse a presidir a sess�o de forma imparcial. "O senhor n�o pode tomar parte nas decis�es e tentar induzir o voto dos demais", afirmou Otto Alencar (PSD-BA), pedindo respeito.
Como apontou o jornal O Estado de S. Paulo, lideran�as do governo afirmaram nesta semana que iriam "mobilizar for�as" para impedir as convoca��es. Senadores pouco ass�duos na CPI, como Acir Gurgacz (PDT-RO), vice-l�der do bloco de apoio ao governo, marcaram presen�a na audi�ncia desta manh�.
O l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), que n�o faz parte da CPI, chegou cedo � reuni�o, conversou diretamente com os demais parlamentares presentes e permaneceu at� a rejei��o de todos as convoca��es.
"O requerimento est� sendo apreciado pela terceira vez e sempre foi rejeitado. N�o h� nenhum fato novo ou ind�cio de liga��o de Erenice, Carvalho e Luis Claudio com as investiga��es da CPI", afirmou a relatora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ao informar seu posicionamento contr�rio �s convoca��es.
A senadora acredita que as convoca��es por parte de Ata�des possuem car�ter pol�tico, com inten��o de atingir o governo. "Estamos diante de requerimentos com objetivo pol�tico e nenhuma motiva��o t�cnica que justifique essas convoca��es."
O senador Otto Alencar, que se pronunciou contra a convoca��o de Luis Claudio, condenou em seu discurso a intima��o do empres�rio, filho de Lula, em a��o da Pol�cia Federal �s 23 horas no dia do anivers�rio do ex-presidente. "Estamos diante de uma oposi��o raivosa que quer atingir a imagem do presidente Lula. Essa convoca��o tem o �nico objetivo de macular a imagem do ex-presidente com medo de seu retorno em 2018", argumentou.
O colegiado tamb�m rejeitou a transfer�ncia dos sigilos banc�rio, fiscal, telef�nico e telem�tico de Lu�s Cl�udio Lula da Silva, bem como de sua empresa, LFT Marketing Esportivo.
Os senadores da base de apoio ao governo tamb�m se posicionaram contra a convoca��o e quebra de sigilo de Carlos Juliano Ribeiro Nardes, sobrinho do ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Augusto Nardes.
A empresa Planalto Solu��es e Neg�cios, registrada em nome de Carlos Juliano Nardes, � investigada por envolvimento nas fraudes fiscais. Tamb�m h� suspeita de envolvimento do ministro. Augusto Nardes foi o ministro do TCU que deu parecer por rejei��o das contas da presidenta Dilma Rousseff de 2014.