Bras�lia, 06 - O presidente do Conselho de �tica da C�mara dos Deputados, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA), disse que n�o pretende voltar atr�s da indica��o de Fausto Pinato (PRB-SP) para a relatoria do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-R). Pinato � processado por falso testemunho e denuncia��o caluniosa contra um suposto inimigo de seu pai. Ara�jo diz que o processo no STF n�o ataca a honra do relator.
Entre o processo por falso testemunho e a den�ncia de que Cunha manteve contas ocultas na Su��a, parlamentares ouvidos pela reportagem avaliam que o processo contra Pinato na Justi�a � "menor" e n�o vai prejudicar sua atua��o como relator no Conselho de �tica. "N�o h� hip�tese de ser substitu�do. � um processo em primeiro grau, com parecer favor�vel do Minist�rio P�blico, n�o � um processo sobre malversa��o de recursos", disse Ara�jo.
No STF, Pinato � r�u em uma a��o penal por falso testemunho e denuncia��o caluniosa contra um suposto inimigo pol�tico de seu pai. Filho e pai, o advogado Edilberto Pinato, acusavam um comerciante de insinuar que o patrim�nio de Edilberto tinha origem il�cita e teriam convencido duas testemunhas a mentir � Justi�a oferecendo cargos nas campanhas pol�ticas de Fausto. "O Poder Judici�rio erra tamb�m. Confio na Justi�a da minha cidade de Fernand�polis (SP) e confio no STF. Tenho pressa que julguem esse processo porque tenho certeza absoluta de que vou ser absolvido", disse o relator ontem ao ser questionado sobre a a��o.
"O Eduardo n�o acha ele um inimigo e n�o vai questionar isso agora", disse um aliado do peemedebista.
O processo, que corria na Justi�a comum em Fernand�polis, foi desmembrado e levado ao STF depois que Pinato foi eleito. O deputado nega as acusa��es.
Ara�jo conversou hoje com Pinato para elogiar a "postura firme" durante sua apresenta��o como relator. Na conversa, Ara�jo aconselhou o relator a evitar coment�rios p�blicos sobre o caso. "Disse a ele para n�o avan�ar o sinal para que n�o possam argumentar que ele est� prejulgando", contou o presidente do colegiado.