Bras�lia, 12 - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reconheceu nesta quinta-feira, 12, que o governo teve ontem uma vit�ria importante com a aprova��o do projeto de lei da repatria��o. Em entrevista coletiva, o peemedebista destacou que n�o se sentiu nem vitorioso, nem derrotado com a emenda do PSDB aprovada, proibindo que pol�ticos e detentores de cargos p�blicos, seus c�njuges e parentes de at� segundo grau, inclusive adotados, sejam beneficiados pelo projeto de repatria��o.
"O governo teve uma vit�ria, apertada, mas teve uma vit�ria importante, porque, de certa forma, � uma mat�ria que veio do governo com urg�ncia constitucional, ou seja, era um projeto do Executivo que, se o governo n�o vencesse, a sinaliza��o que ia passar era dificuldade cada vez maior com o ajuste fiscal", afirmou o presidente da C�mara. O texto-base do projeto da repatria��o foi aprovado pelo plen�rio da Casa no fim da noite de ontem, por 230 votos favor�veis e 213 contr�rios. Houve ainda sete absten��es.
Questionado pelo Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, se se sentiu derrotado com a emenda do PSDB, chamada de emenda anti Cunha, o peemedebista disse ainda n�o ser parte do processo. "Sequer me meti no texto. Apenas conduzi a vota��o", disse. Ontem, parlamentares da oposi��o acusavam Cunha de ser parte interessada, por ser suspeito de ter contas secretas na Su��a, por meio das quais teria recebido propina de contratos da Petrobras.
O presidente da C�mara avaliou ainda que, mesmo que o Senado altere o destino da multa incidente sobre os valores repatriados, para que seja direcionada a fundos regionais que permitir�o a reforma do ICMS, a C�mara dever� manter sua posi��o aprovada ontem de destinar o dinheiro para Estados e munic�pios, por meio dos fundos constitucionais (FPE e FPM, respectivamente). "Se o Senado mudar, dificilmente ser� mantido na C�mara, que � quem d� a palavra final", afirmou.
Levy
Cunha evitou comentar os rumores sobre a poss�vel sa�da do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do cargo. Nos bastidores, especula-se que Levy ser� substitu�do pelo economista Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do governo Lula. "N�o quero comentar. Seria deselegante. Nomear e retirar ministro faz parte al�ada do Poder Executivo", afirmou. Ele disse, por�m, que, se eventualmente a sa�da de Levy se confirmar, "eu comento".