Bras�lia, 12 - Uma das lideran�as dos caminhoneiros em greve, Ivar Schmidt diz que o grupo n�o abre m�o do pedido de impeachment da presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, e afirma que n�o vai deixar de fazer os bloqueios para abrir um di�logo com o governo federal. Integrante do Comando Nacional dos Transportes (CNT), grupo que organiza os bloqueios nas estradas desde a �ltima segunda-feira, 9, ele participou hoje de reuni�o da Comiss�o da Agricultura que aprovou a convoca��o do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, para que ele preste esclarecimentos sobre as a��es do governo frente as paralisa��es.
Schmidt chegou a Bras�lia na noite de ter�a-feira, 10, e foi recebido por parlamentares ruralistas. Ele relatou ao Broadcast (servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado) que havia um acordo, na quarta-feira, 11, para que a convoca��o de Cardozo n�o fosse votada e para que a Medida Provis�ria 699 fosse revogada. "Foi tentado um acordo com o governo para se iniciar um di�logo em uma reuni�o que come�aria �s 9 horas de hoje (12), mas o governo, como sempre, trai todo mundo", reclamou.
O caminhoneiro admitiu que a edi��o da MP, no entanto, fez parte do movimento recuar, mas garantiu que os caminhoneiros v�o voltar nesta quinta para as ruas. Segundo ele, a publica��o dessas normas mais duras deu a eles o apoio da popula��o. "O movimento n�o vai acabar. N�o temos como continuar a trabalhar. O governo n�o atendeu nenhuma reivindica��o do primeiro movimento", disse. "N�o iniciar�amos uma nova greve se eles nos tivessem atendido", afirmou.
Schmidt disse ainda que n�o h� previs�o de que os caminhoneiros fa�am um acampamento em Bras�lia, como ocorreu em mar�o, nas primeiras manifesta��es. "N�o vamos recuar nenhum passo. N�o vamos retirar a quest�o do impeachment. N�o suportamos mais o aumento de custos que estamos tendo com combust�vel, energia, alimenta��o. N�o temos condi��es. Estou tentando fazer com que os parlamentares entendam que essa MP do governo � digna de uma ditadura", disse.