Edinho rebate grevistas da EBC e diz ser natural estatal contratar sem concurso

S�o Paulo, 17 - O ministro da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva, rebateu as reivindica��es de funcion�rios da EBC em greve que faziam manifesta��o em frente ao centro de conven��es onde ele estava, na zona sul da capital paulista. O ministro disse ser natural que uma empresa de comunica��o fa�a contrata��es sem ser por concurso. "Voc� contrata jornalistas, apresentadores por aquilo que voc� quer para o programa, um locutor, voc� contrata pro desenho que voc� faz do programa, � assim em qualquer empresa", disse o ministro.

Algumas dezenas de funcion�rios protestaram com cartazes e faixas, al�m de fazerem barulho com um carro de som enquanto acontecia a entrevista coletiva do ministro do lado de dentro do local do evento.

Segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC, 70% dos contratados da estatal n�o s�o concursados e portanto sujeitos a terem conseguido o emprego por meio de indica��o pol�tica. O ministro n�o soube responder se o porcentual alegado pelos funcion�rios est� correto.

Entre os cartazes carregados pelos manifestantes, estava um explicitando nomes que eles acusam serem de indica��o pol�tica. Entre eles est� o nome da mulher do secret�rio municipal de Sa�de, Alexandre Padilha, T�ssia Alves, que � assessora e tem sal�rio de R$ 12.500 segundo os manifestantes.

Edinho alegou que sua prioridade no di�logo com os funcion�rios, quando "passar a radicalidade", � discutir formas de reestruturar a EBC para melhorar a qualidade dos programas das emissoras e conquistar uma maior audi�ncia.

"N�o pode uma empresa que tem o or�amento que a EBC tem, ter �ndices t�o baixos de audi�ncia e, portanto, n�o estar prestando servi�o a contento para a sociedade brasileira", afirmou.

Campanha salarial

Edinho criticou a postura que considerou "imatura" dos funcion�rios da EBC na negocia��o de reajuste salarial. "Eles se retiraram da mesa de negocia��o e deflagraram greve. Isso talvez seja imaturidade das lideran�as. A greve � o �ltimo instrumento no processo de negocia��o."

Os funcion�rios alegam que o governo ofereceu reajuste de 3,5% muito abaixo da infla��o acumulada no ano, que se aproxima de 10%. Eles pedem reajuste de infla��o mais R$ 450 de forma linear para todos os cargos. Eles est�o em greve desde ter�a-feira passada, dia 10.