A�cio diz que documento do PMDB parece 'mera pe�a de marketing'

Bras�lia, 18 - O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira, 18, que, enquanto o PMDB n�o romper com governo, o documento com propostas na �rea econ�mica lan�ado ontem pelo partido do vice-presidente Michel Temer parecer� uma "pe�a meramente de marketing" e algo "secund�rio".

Em entrevista antes de seguir para sess�o do Congresso de an�lise dos vetos, o tucano disse n�o ver disposi��o do PMDB em, de fato, defender as propostas apresentadas, as quais, segundo ele, s�o "inspiradas" nos projetos historicamente defendidos pelo PSDB. "� absolutamente leg�timo que um partido como o PMDB apresente propostas ao Pa�s. Mas eu realmente as levaria mais a s�rio se o PMDB deixasse o governo, os sete minist�rios e os cargos que ainda hoje nomeia, para defender ao nosso lado essas propostas, at� porque muitas delas t�m converg�ncia com aquilo que apresentamos durante a campanha eleitoral", afirmou A�cio.

O tucano disse ver com "satisfa��o" alguns setores do PMDB buscando o "distanciamento" do governo, mas destacou n�o ver o partido disposto a romper com o governo Dilma Rousseff. "Um projeto apresentado por um partido deve vir acompanhado da sua disposi��o de defend�-lo, porque, sen�o, vai parecer pe�a meramente de marketing", afirmou.

Questionado se estava classificando o documento como uma pe�a de marketing, o presidente nacional do PSDB afirmou que, "enquanto o PMDB tiver como prioridade, no seu conjunto, sustentar este governo que a� est�, que levou o Brasil a esta crise econ�mica e social sem precedentes, esse programa passa a ser algo secund�rio". "Porque n�o vejo o PMDB disposto a defend�-lo", acrescentou.

Indagado se o PSDB teme a concorr�ncia do PMDB em 2018, A�cio desconversou e disse que seu partido d� "as boas vindas ao PMDB para discutir os problemas do Pa�s e se sente honrado de ver que muitas das propostas lan�adas se inspiram naquelas que historicamente o PSDB defende". "O que lastimo � que a maioria do PMDB prefere hoje nomear cargos neste governo que prega e pratica o oposto �s propostas lan�adas pelo PMDB", disse, classificando uma futura candidatura peemedebista como "leg�tima".