Organizadora de marcha diz que conflito fora do Congresso foi racismo

Bras�lia, 18 - A confus�o durante a passagem da Marcha das Mulheres Negras pelo Congresso foi resultado de racismo e os respons�veis ser�o acionados na Justi�a, afirmou nesta quarta-feira, 18, a secret�ria de combate ao racismo da Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Educa��o (CNTE), I�da Leal, uma das organizadoras da Marcha. "N�s chamamos isso de racismo. E racismo � crime e n�s vamos querer que as pessoas que cometeram crime sejam punidas", disse. "Vamos cobrar do Judici�rio medidas corretas para punir pessoas racistas."

Segundo I�da, ao passarem em frente ao acampamento do gramado do Congresso, onde est�o reunidos principalmente grupos que defendem a interven��o militar no Pa�s, as participantes do evento foram agredidas sem raz�o. "N�o t�nhamos bomba, n�o temos armas", afirmou a militante, que foi recebida nesta tarde com algumas outras mulheres pela presidente Dilma Rousseff, no Pal�cio do Planalto.

O epis�dio, de acordo com I�da, n�o foi relatado � presidente, pois a reuni�o com Dilma foi agendada para que o grupo pudesse apresentar uma pauta de reivindica��es em defesa das mulheres negras de todo o Pa�s. "Houve um momento de tumulto, n�o estamos dizendo que n�o houve, mas essa n�o � prioridade da nossa vinda", explicou. "N�o vamos entrar nessa provoca��o", afirmou, ressaltando que o tema de viol�ncia contra a mulher foi debatido com a presidente, mas sem especificar o epis�dio.

Os intervencionistas acusaram as integrantes da marcha de destru�rem barracas e o boneco infl�vel gigante do general Antonio Hamilton Martins Mour�o. Membros da passeata, por sua vez, acusaram os intervencionistas de atirar e jogar bombinhas nos integrantes do ato.