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Estado de Minas

Cunha diz a aliados que processo de impeachment n�o sai este ano


postado em 18/11/2015 19:31

Bras�lia, 18 - Em jantar com deputados aliados na semana passada, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse n�o ver chances de abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff neste ano. Segundo relatos de participantes do encontro, ele confidenciou entender que o impedimento perdeu apoio popular e criticou o PSDB, que deixou de apoi�-lo na semana do encontro. Cunha ainda afirmou acreditar que as contas do governo n�o ser�o rejeitadas pelo Congresso e disse ter negociado com o Planalto a aprova��o da Desvincula��o de Receitas da Uni�o (DRU) em troca da aprova��o das emendas impositivas de bancada.

O encontro aconteceu na quarta-feira da semana passada, 11, na resid�ncia oficial da presid�ncia da C�mara. "Comentando sobre a quest�o do impeachment, ele falou claramente que n�o v� nenhuma possibilidade de este impeachment sair este ano. Ele entende que o impeachment tem que ter um apoio popular grande, que enfraqueceu demais", disse o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), um dos aliados que compareceu ao jantar. "Mas n�o falou de prazo, de quando vai tomar a decis�o dele. Se houver, � para 2016".

Segundo Rocha, Cunha disse que os fundamentos de alguns pedidos de impeachment que est�o em sua gaveta "n�o t�m sentido nenhum" e exemplificou. "Ele citou um que eu at� achei gra�a. Um cara pegou not�cia de jornal, uma coisa assim", relatou. O parlamentar disse que, para Cunha, o impeachment "vem com for�a total" se as contas de Dilma forem rejeitadas. "Ele acredita que as contas n�o ser�o rejeitadas no Congresso", afirmou.

Cr�ticas

Na conversa, Cunha demonstrou sua insatisfa��o com o PSDB, que passou a defender de forma mais contundente o afastamento do peemedebista da presid�ncia da C�mara. "Ele falou da forma como o PSDB tratou ele dois dias atr�s, dizendo que estava junto com ele e, dois dias depois, muda de ideia, n�o d� satisfa��o para ele. Ele ficou chateado. N�o ficou col�rico, mas ficou chateado", afirmou Rocha.

O deputado Darc�sio Perondi (PMDB-RS) tamb�m participou do encontro e confirmou em parte as informa��es de Hildo Rocha. "Este ano n�o tem mais nada (de impeachment). Ele disse que o PSDB abandonou o barco, que s� no ano que vem para ele pensar", afirmou.

Acordo

Parlamentares que jantaram com Cunha tamb�m disseram que o peemedebista negociou com o governo a aprova��o da DRU em troca da aprova��o das emendas impositivas de bancada, uma de suas promessas de campanha a presidente da C�mara. "Este acordo � que se aprova a DRU desde que sejam aprovadas as emendas impositivas dos Estados", disse Rocha.

Na conversa, discutiu-se at� os percentuais das emendas. Cunha quer 1,2%. O governo quer 0,6%. Mas o acordo deve ficar em 0,8%. Segundo Perondi, Cunha afirmou estar negociando com o governo h� cerca de um m�s.

Passaportes

Assim como no almo�o com l�deres partid�rios, Cunha tamb�m mostrou aos deputados que jantaram com ele seus passaportes com carimbos mostrando entradas e sa�das em pa�ses africanos. O peemedebista tem exibido os documentos para comprovar sua vers�o de que acumulou dinheiro comerciando carne e outros alimentos na d�cada de 1980. "Ele estava muito alegre por ter encontrado os passaportes", disse Hildo Rocha.

� reportagem, Cunha confirmou acordo para aprovar a DRU "junto com o impositivo de bancada". Quanto � aprova��o das contas de Dilma, Cunha deu uma vers�o diferente. "Falei que acho que o Senado n�o rejeita", afirmou.

Em rela��o �s outras informa��es envolvendo o impeachment, Cunha disse que tratam-se de "opini�es esparsas de v�rios".


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