
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, elogiou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e disse a jornalistas nesta quinta-feira que se sente confort�vel no governo. "Eu estou tranquilo. O importante s�o as pol�ticas, fazer as coisas para acabar a obra", afirmou, destacando que o Brasil est� em um momento de transi��o para enfrentar a nova realidade global.
"Todo mundo dizia que n�o ia ter aeroporto. O governo tomou as decis�es, fez as concess�es, passou uns meses em obra. Hoje, olha os aeroportos que o Brasil tem. Ent�o � assim, hoje a gente trabalha, est� nas obras, tem um bom arquiteto. No final vai ficar bacana", disse Levy. "Toda vez que voc� conserta as coisas e est� em obra as coisas parecem bastante dif�ceis", disse.
Questionado sobre a declara��o de Lula nesta quarta-feira, de que Levy � "problema da presidente Dilma Rousseff", o ministro disse que v� a fala com "naturalidade". "Ele estava querendo dizer que ele tem os problemas dele e a presidente tem as quest�es dela. Isso me parece perfeitamente natural. As pessoas gostam de botar inten��es nele, acham que ele faz isso e faz aquilo e esquecem as muitas coisas que ele fez", disse Levy, contando que teve a oportunidade de conviver com o ex-presidente em 2003. "Naquele �poca eu pensei, 'dinheiro muito bem gasto no Bolsa Fam�lia', e transformou o Brasil. Ent�o, claramente, o presidente tem um registro de realiza��es extraordin�rias e est� cuidando das coisas dele", disse.
Perguntado se se sente confort�vel no governo, o ministro disse que "sim".
Congresso
O ministro afirmou ainda que o Congresso deu uma "sinaliza��o extraordin�ria" esta semana, ao votar temas importantes e apontando poss�vel solu��o para o or�amento do ano que vem.
Questionado sobre a alta da infla��o, que superou os 10% este m�s, Levy disse que a principal fonte de infla��o no Brasil tem a ver com a �rea de servi�os. "Em todos os pa�ses do mundo o decl�nio da infla��o nessa �rea demora um pouco mais, mas acho que eles est� cedendo, temos que continuar perseverando", afirmou.
Levy disse que � preciso tomar medidas tamb�m para ter estabilidade do c�mbio e a garantir a volta da confian�a, uma vez que a quest�o fiscal seja resolvida. "A� acho que a gente vai ver resultados importantes na �rea da infla��o. O Banco Central est� trabalhando forte para a gente alcan�ar isso", afirmou aos jornalistas.
Para Levy, n�o adianta insistir em velhas f�rmulas para fazer a economia retomar o crescimento. "A solu��o tem que ser mais ambiciosa, n�o adianta voltar com os mesmos rem�dios", disse, ressaltando que a presidente Dilma Rousseff j� declarou que medidas tomadas anteriormente se esgotaram. "Tem que ter coragem, continuar trabalhando e n�o adianta tentar atalhos sem imagina��o."
Se o or�amento j� tivesse sido aprovado, a melhora do ambiente econ�mico se daria em ritmo mais r�pido, afirmou o ministro. "O Or�amento est� avan�ando, a� a gente vai ter mais uns mesezinhos at� a gente poder tirar todos os andaimes e tapumes e a gente v� como pode ser este novo Brasil, mais competitivo, com mais concorr�ncia, com empresas mais produtivas."
Levy participou de uma reuni�o fechada com investidores e analistas em um evento promovido pelo Bradesco BBI, em Nova York, que re�ne 68 empresas brasileiras e tem a participa��o de investidores institucionais dos Estados Unidos, �sia, Brasil e Europa. Entre as empresas participantes est�o a Vale, Cyrela, Klabin, Braskem e Sabesp.
"O evento juntou mais de 70 CEOs e investidores que est�o interessados no Brasil, continuam interessados, porque sabem que o Brasil � sempre uma boa pedida", afirmou o ministro. Perguntado sobre se o Brasil est� barato, Levy disse que o "Brasil est� bom." "O Brasil est� interessante, est� com upside" disse.