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Estado de Minas

Collor gastou R$ 3 milh�es com cart�es de cr�dito em 3 anos, diz PF


postado em 19/11/2015 21:25

Bras�lia e S�o Paulo, 19 - Os gastos do senador Fernando Collor (PTB-AL) com cart�o de cr�dito entre 2011 e 2013 foram considerados incompat�veis com a renda declarada por ele � Receita Federal, segundo laudo da Pol�cia Federal que analisou os rendimentos do parlamentar no per�odo.

O laudo 1480, a que o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso, foi finalizado no �ltimo 25 de setembro. Nos anos investigados, as faturas de tr�s cart�es de cr�dito do senador somaram pouco mais de R$ 3 milh�es; enquanto que seu rendimento declarado, basicamente o sal�rio de senador em todo per�odo, foi cerca de R$ 700 mil, j� considerados os descontos.

O laudo pericial foi anexado ao inqu�rito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o senador por suspeita de receber propina do esquema de corrup��o descoberto pela Opera��o Lava Jato. "A movimenta��o com cart�o � incompat�vel com os rendimentos declarados", afirma o documento.

As investiga��es revelaram que o senador gastou quase cinco vezes mais do que declarou ter recebido para pagar a fatura do cart�o de cr�dito entre 2011 e 2013. Embora seja s�cio das empresas �gua Branca Participa��es, TV Gazeta e Gazeta de Alagoas, o senador s� incluiu nas declara��es de imposto de renda do per�odo investigado os rendimentos do Senado.

Ap�s deixar a presid�ncia da Rep�blica, Collor voltou � pol�tica em 2007 quando foi eleito para um primeiro mandato de oito anos em 2007 e reeleito em 2015. O laudo tamb�m aponta um "montante expressivo" de empr�stimos contra�dos pelo senador junto � TV Gazeta de Alagoas no per�odo analisado que ajudaram o petebista a justificar seu crescimento patrimonial.

"Se n�o tivesse o empr�stimo, o crescimento patrimonial seria incompat�vel. H� ind�cios de empr�stimos fict�cios", conclu�ram os policiais. Os peritos tamb�m consideraram "desproporcional" o fato de Collor ter apenas 12,28% da TV para contrair os empr�stimos milion�rios.

Em apenas um dos anos investigado, um deles correspondeu a 110 vezes o patrim�nio do senador. "Empr�stimos concedidos a pessoas ligaram corresponderam 70% ao ativo cont�bil da empresa" que tem outro objeto. A Pol�cia Federal fez ainda um segundo laudo sobre as contas do senador Fernando Collor para a investiga��o Lava Jato. Finalizado em 6 de outubro deste ano, o laudo 1547 refor�a as suspeitas sobre os repasses da TV Gazeta Alagoas para Collor.

Descobriu que sequencialmente valores eram depositados na conta da TV e no mesmo dia eram repassados para duas contas banc�rias da firma e na sequ�ncia transferidos para contas de Collor integralmente ou em parte. O jornal Folha de S. Paulo revelou nesta quinta-feira, 19, que parte do dinheiro foi usado por Collor para pagar presta��es de carros de luxo apreendidos pela PF na Lava Jato e j� liberados.

No per�odo investigado nesse laudo, 2011 a 2014, Collor declarou a compra dos carros como Cadilac SRX, Hyundai Azera, Honda Acoord, Land Rover, Hyundai Vera Cruz, Toyota Hilux. Na mesma �poca, ele declarou a venda da Ferrari S-43, Maserati, Toyota Hilux e Hyundai Azera. O laudo identificou ainda 469 dep�sitos na conta do senador de R$ 2 mil feitos em 33 datas de 2011 a 2014 totalizando R$ 938 mil e 46 dep�sitos de R$ 1.500 num total de R$ 69 mil. As repeti��es, segundo o entendimento do Banco Central, podem indicar lavagem de dinheiro.

Os policiais identificaram que um assessor de Collor no Senado fez dep�sito na conta da empresa depois transferido para o senador. Num mesmo dia tamb�m foram feitos quatro dep�sitos num intervalo de quatro minutos. O mesmo laudo tamb�m confirma informa��o de Rafael �ngulo, funcion�rio do doleiro Alberto Youssef que atuava na entrega de dinheiro do esquema, de que ele viajou para Macei� e era recebido no aeroporto por um diretor da TV Gazeta de Alagoas.

O advogado de Collor foi procurado pela reportagem pelo celular e por meio de mensagem, mas n�o ligou de volta. A defesa tem negado qualquer envolvimento do senador com o esquema da Lava Jato. O advogado Fernando Neves, que representa o senador, disse que "n�o pode comentar sobre esse assunto porque os processos correm em segredo de Justi�a".


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