Bras�lia, 24 - O Pal�cio do Planalto prev� um prazo de dois dias para votar no Congresso a mudan�a da meta fiscal de 2015. Para isso, mobilizou seus ministros e lideran�as governistas para impedir que a oposi��o consiga dificultar ou adiar a vota��o do projeto de lei que autoriza o governo a fechar 2015 com d�ficit prim�rio de at� R$ 119,9 bilh�es. A primeira sess�o conjunta das duas Casas Legislativas est� marcada para a noite desta ter�a-feira, 24.
A estrat�gia de atua��o foi discutida na reuni�o de coordena��o pol�tica de ontem no Pal�cio do Planalto. Os ministros Jaques Wagner, da Casa Civil, e Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e os l�deres governistas entraram em campo para mobilizar os aliados. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que tamb�m se reuniu com Jaques Wagner para discutir a a��o estar� em S�o Paulo pela manh�, mas retorna � tarde a Bras�lia para acompanhar a vota��o no minist�rio.
Para o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), a vota��o da meta fiscal ser� "sem d�vida nenhuma" o maior desafio do governo na pauta do Congresso este ano. "Vamos ter muitos debates, tenho certeza e convic��o de que teremos uma sess�o dif�cil", afirmou Amaral.
O l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), disse que a bancada do partido ainda n�o decidiu se vai obstruir os trabalhos da sess�o do Congresso. Ele disse que reunir� os senadores tucanos hoje para fechar uma posi��o, mas antecipou que ele defender� o uso de manobras para atrapalhar na vota��o. "� mais uma pedalada, mais um drible, descumprimento de recomenda��es do Tribunal de Contas da Uni�o", criticou. A oposi��o na C�mara adiantou que vai tentar atrapalhar a vota��o da proposta com manobras regimentais.
Em mais uma demonstra��o de ajuda ao governo, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu inverter a pauta e colocar a revis�o da meta logo ap�s tr�s vetos que trancam a pauta. Ele deixou para depois, por exemplo, o projeto de Lei de Diretrizes Or�ament�rias de 2016, no qual se manteve o super�vit de 0,7% do PIB.
Lideran�as da base avaliam que a vit�ria estreita obtida com a vota��o dos vetos na semana passada mostrou que o governo ter� trabalho em aprovar a proposta que legaliza a Uni�o, Estados e munic�pios a fazerem um d�ficit este ano de at� R$ 119,9 bilh�es com a previs�o de pagamento de R$ 57 bilh�es em "pedaladas fiscais". Na ocasi�o, partidos aliados refugaram.
A aprova��o da nova meta fiscal servir� tamb�m para afastar mais um fantasma do impeachment, uma vez que, se n�o ocorrer at� o final do ano, a oposi��o poderia alegar que Dilma cometeu crime de responsabilidade, pass�vel de se pedir o afastamento dela. Para o governo, o "dia D" para a aprova��o pelo Congresso do projeto que altera a meta fiscal de 2015 � 30 de novembro. Esse � o prazo limite para a edi��o do decreto de contingenciamento de despesas e o governo conta que, at� l�, o Congresso ter� aprovado a nova meta fiscal de 2015.
Renan
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dito nos bastidores ser preciso "limpar" a pauta dos assuntos or�ament�rios, como a altera��o da meta fiscal de 2015, a fim de que o Legislativo mostre que quer contribuir com solu��es para a sa�da das crises pol�tica e econ�mica. O peemedebista est� preparado para repetir o que fez com a revis�o da meta do ano passado, quando conduziu, por 17 horas, a sess�o em que a mudan�a fora aprovada.
Ele ainda quer tamb�m votar logo o ajuste fiscal - que est�, quase em sua maioria, empacado na C�mara. Renan j� lan�ou um pacote de a��es anticrise. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.