Ao chegar � Camara, Cunha se recusa a comentar pris�o de Delc�dio

Bras�lia - O presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recusou-se a comentar a pris�o do senador Delc�dio Amaral (PT-MS) ao chegar � Casa, pouco antes das 10h15 desta quarta-feira.

Ao contr�rio da maioria dos dias, nesta manh� Cunha entrou na C�mara pelo cafezinho que fica dentro do plen�rio Ulysses Guimar�es. Ao chegar, encontrou os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Odelmo Le�o (PP-MG) e Fernando Bezerra Filho (PSB-PE). Conversou por alguns minutos com os tr�s e assumiu a presid�ncia de uma sess�o solene em homenagem ao centen�rio da Assembleia de Deus de Roraima.

Abordado duas vezes pela reportagem, disse que s� daria entrevistas "mais tarde". "(O dia �) at�pico, mas ainda n�o tenho conhecimento de detalhes para poder falar", disse Cunha antes de entrar em seu gabinete. Delc�dio � o primeiro senador a ser preso no exerc�cio do mandato.

At� �s 10h38, a agenda do presidente da C�mara ainda n�o havia sido divulgada. Cunha tamb�m � alvo da Opera��o Lava Jato e defendia a tese de que havia investiga��o seletiva, pois ele seria o alvo priorit�rio por rivalizar com o governo, enquanto petistas estavam sendo poupados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Pol�cia Federal a deflagrar uma opera��o nesta quarta-feira que levou � pris�o de Delc�dio, l�der do governo no Senado, investigado pela Lava Jato. Tamb�m foram presos o banqueiro Andr� Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador petista, e o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, que defende o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�.

Dilma

Ap�s a pris�o do l�der do governo no Senado, a presidente Dilma Rousseff deve cumprir normalmente a agenda programada para esta manh�. A presidente deixou a resid�ncia oficial e, �s 11h30, recebe a sele��o feminina de handebol no Pal�cio do Planalto. O encontro vai ser fechado � imprensa.

Sala especial

Delc�dio est� preso em uma sala especial na superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Bras�lia. Interlocutores da PF disseram que por estar no exerc�cio da fun��o de senador, ele tem assegurado o direito de ficar preso em uma Sala de Estado Maior, sem grades. A superintend�ncia, local para onde o petista foi levado, tem as mesmas caracter�sticas de um escrit�rio, com mesa, cadeiras, bem diferente de uma carceragem com grades.

A sala, contudo, n�o tem estrutura para que o senador possa dormir. Na avalia��o de policiais, se ele permanecer preso, pode ser levado para a cust�dia para pernoitar e depois retornar para o "escrit�rio". O local tamb�m n�o tem espa�o para banho de sol, o que impediria a perman�ncia do senador na superintend�ncia da PF em Bras�lia caso a pris�o se estenda por muito tempo.