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Estado de Minas

Corrup��o � sist�mica; n�o � �nus de um partido ou um governo, diz procurador

A conclus�o � do procurador da Rep�blica Deltan Dellagnol, do Minist�rio P�blico Federal do Paran�, que atua nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato


postado em 25/11/2015 13:31 / atualizado em 25/11/2015 13:38

Rio - O procurador da Rep�blica Deltan Dellagnol, do Minist�rio P�blico Federal do Paran�, que atua nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato, voltou a afirmar que a corrup��o no Brasil � "sist�mica", n�o � "�nus" de um partido ou de um governo, e defendeu a proposi��o de projeto de lei (PL) popular para implementar dez medidas contra crimes de colarinho branco, uma campanha encampada pelas Procuradorias. Dellagnol tamb�m aproveitou para criticar o desmembramento das investiga��es da Lava-Jato.

"A corrup��o no Brasil n�o � Petrobras, � sist�mica. N�o � �nus de um partido ou de um governo. A corrup��o vem de longa data", disse Dellagnol, em palestra a uma plateia forma em sua maioria por universit�rios na Funda��o Getulio Vargas (FGV), no Rio.

O procurador citou registros hist�ricos feitos pelo Padre Ant�nio Vieira, esc�ndalos do governo Get�lio Vargas e casos apurados nos anos 1990 como provas da antiguidade da corrup��o no Pa�s. "A corrup��o aconteceu em todo o per�odo da ditadura (militar)", afirmou Dellagnol, citando o ex-governador Adhemar de Barros.

Ao fazer a defesa das dez medidas propostas pelo Minist�rio P�blico, Dellagnol criticou a inoper�ncia do Executivo e do Legislativo para mudar leis e regras para tornar o combate � corrup��o mais efetivo. Para o procurador, a Lava-Jato n�o mudar� o Pa�s, apesar da expectativa criada em torno de cada nova fase da opera��o.

"J� n�o sabemos o suficiente? O que foi feito para mudar isso? Nada. Pelo contr�rio, surgiram propostas de fechar a CGU (Controladoria Geral da Uni�o) e do projeto de repatria��o de recursos do exterior", disse Dellagnol.

Dellagnol pediu � plateia que assinasse o abaixo-assinado pela proposi��o do PL sobre as dez medidas (que incluem aumento de penas, campanha de conscientiza��o e cria��o de instrumentos para recupera��o de dinheiro) e exortou todos a serem ativos no intuito de combater a corrup��o. Para isso, ele ressaltou que o problema afeta a todos, desviando dos cofres p�blicos R$ 200 bilh�es ao ano e gerando inefici�ncia econ�mica.

A cr�tica ao desmembramento da Lava-Jato, como foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em rela��o � fase da opera��o que investiga o pagamento de propina na obra de constru��o da usina nuclear Angra 3, tocada pela estatal Eletronuclear, foi feita ap�s Dellagnol detalhar algumas das t�cnicas de investiga��o, como o cruzamento de enorme quantidade de dados com uso de softwares. "Quando voc� tira um peda�o da investiga��o, � como se tirasse um peda�o de um quebra-cabe�a. � dif�cil de entender", afirmou Dellagnol.


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