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Estado de Minas

Anota��o de Cerver� diz que Dilma 'sabia de tudo' sobre Pasadena


postado em 25/11/2015 18:37

S�o Paulo, 25 - Na minuta da dela��o premiada do ex-diretor internacional da Petrobr�s, Nestor Cerver�, h� anota��es do executivo � m�o dizendo que a presidente Dilma "sabia de tudo de Pasadena" e que inclusive estaria cobrando o ent�o diretor pelo neg�cio, tendo feito v�rias reuni�es com ele. O acordo de Cerver� foi firmado com a Procuradoria-Geral da Rep�blica e submetido ao ministro do Supremo Teori Zavascki, que ainda n�o decidiu sobre sua homologa��o.

O fato veio � tona nas conversas gravadas entre o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral, o advogado Edson Ribeiro, que defendia Cerver�, e o filho do ex-diretor, Bernardo Cerver�. No di�logo, o senador revela que teve acesso ao documento sigiloso da dela��o do executivo por meio do banqueiro Andr� Esteves, CEO do banco BTG Pactual e questiona sobre as cita��es � presidente manuscritas na minuta do acordo de dela��o.

Na grava��o, o filho de Cerver� confirma que as anota��es s�o mesmo de seu pai. Os �udios dos encontros do pol�tico com o advogado, gravados por Bernardo Cerver�, foram utilizados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica para pedir a pris�o de Delc�dio, Andr� Esteves, Edson Ribeiro e o chefe de gabinete do senador.

No documento, conforme menciona Delc�dio na grava��o, h� refer�ncias de que Dilma "sabia de tudo" e que ela "estava acompanhando tudo de perto", tendo inclusive cobrado Cerver� sobre o neg�cio. A aquisi��o da refinaria de Pasadena � investigada por Pol�cia Federal, Tribunal de Contas da Uni�o, Minist�rio P�blico por suspeita de superfaturamento e evas�o de divisas. O conselho da Petrobr�s autorizou em 2006, quando Dilma era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administra��o da estatal, a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milh�es.

Posteriormente, por causa de cl�usulas do contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga. Acabou desembolsando US$ 1,18 bilh�o - cerca R$ 2,76 bilh�es. Segundo apurou o TCU, essas opera��es acarretaram em um preju�zo de US$ 792 milh�es � Petrobr�s.

Em carta encaminhada ao jornal O Estado de S.Paulo no ano passado, a presidente afirmou que a decis�o foi tomada com base em um parecer "t�cnico e juridicamente falho".

A investiga��o sobre o caso foi encaminhada ao juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato, e por meio de dela��es, lobistas e ex-executivos da estatal confirmaram que houve o acerto de propinas no neg�cio para atender "compromissos pol�ticos". Diante disso, foi deflagrada a 20� etapa da Lava Jato que determinou buscas e apreens�es nos endere�os de ex-funcion�rios da estatal envolvidos no neg�cio.

N�o � a primeira vez que o ex-diretor tenta envolver a presidente no esc�ndalo da Petrobr�s. Em janeiro, o executivo chegou a elencar Dilma como sua testemunha de defesa em um dos processos que ele respondia na Justi�a Federal no Paran�. Na ocasi�o, ap�s o fato ser revelado, a defesa do executivo recuou e, em menos de uma hora, substituiu a testemunha.

O Pal�cio do Planalto informou que n�o vai se manifestar sobre o caso.


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