Bras�lia, 25 - Com qu�rum de 74 presentes, senadores que participam nesta tarde de quarta-feira, 25, da sess�o que pode manter ou relaxar a pris�o do l�der do governo na Casa, Delc�dio Amaral (PT-MS), n�o esconderam o constrangimento diante do ineditismo da situa��o.
Com plen�rio cheio, os senadores est�o em seus assentos demarcados e seguem em sil�ncio os discursos dos colegas. "Isso n�o � prazeroso para ningu�m", disse o senador Reguffe (PDT-DF), um dos que pediram a palavra para defender o voto aberto na sess�o.
O plen�rio do Senado segue cheio e, al�m dos senadores, acompanham a sess�o deputados da base e da oposi��o. Os parlamentares consideraram elegante a forma como o l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), defendeu a transpar�ncia na vota��o, mas um deputado petista disse acreditar que os tucanos tamb�m temem a extens�o da opera��o policial realizada hoje. "Voc� acha que o PSDB tamb�m n�o est� preocupado com o Andr� Esteves?", questionou.
Outro que se manifestou em plen�rio foi o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ele fez um discurso acompanhado atentamente pelos pares em que se posicionou a favor do sigilo da vota��o. "N�o creio que nenhum senador ou senadora est� confort�vel nesta sess�o", disse.
Barbalho contradisse senadores da oposi��o e defendeu que, se fosse de fato vontade do legislador, ele teria especificado o voto aberto para aprecia��o de pris�o de parlamentares. Segundo ele, ao deixar em aberto, a Constitui��o quer, na verdade, mostrar que a decis�o cabe ao Senado e ao seu regimento.
"A maioria n�o precisa, neste momento, passar e reivindicar o atestado de que s�o incapazes de serem transparentes. O voto da autonomia, o voto da responsabilidade sobre esse epis�dio � o voto secreto", disse.
Destacando que todos os senadores est�o desconfort�veis e que o momento � "profundamente dram�tico e profundamente dif�cil", Barbalho disse n�o estar na tribuna para discutir o m�rito.
"N�o � da nossa compet�ncia discutir, neste momento, o m�rito. N�s estamos a examinar o expediente de outro poder da Rep�blica, um dos mais importantes, que deve ser prestigiado, que � o Supremo Tribunal Federal", declarou.
Ele afirmou que o que est� em jogo n�o � o drama pelo qual passa o senador Delc�dio Amaral, e sim a vida do Senado, "que � mais importante do que todos n�s". "O que est� em jogo hoje n�o � o senador Delc�dio Amaral, que eu creio todos n�s lamentamos o fato acontecido com ele. O que est� em jogo � o Senado da Rep�blica", destacou.
Barbalho disse que n�o se prestaria a interpretar a Constitui��o. "Esse � o epis�dio de hoje, mas Deus poupe o Senado e o Congresso de viver outros epis�dios", disse. Ele afirmou que, ao interpretar a Constitui��o, estaria subtraindo o poder do Senado de decidir sobre o rito de vota��o.