Horas ap�s a pris�o do senador Delc�dio Amaral (PT-MS), na manh� de quarta-feira, 25, a presidente Dilma Rousseff come�ou a conversar com parlamentares para tratar do processo de substitui��o da lideran�a do governo no Senado. Apesar das intensas conversas entre integrantes do Planalto e senadores aliados, at� agora n�o h� um nome fechado, embora o governo tenha anunciado, no mesmo dia da deten��o de Delc�dio, que na semana que vem divulgar� a escolha de seu novo l�der.
Os peemedebistas prefeririam que - mantido o PT na lideran�a - Walter Pinheiro (BA) ocupasse a fun��o. O senador baiano � bem visto por seus pares do PMDB e tamb�m por parte da oposi��o pelo empenho com que trata os assuntos que lhe cabem. � um dos principais entusiastas da reforma do ICMS e atualmente preside a Comiss�o do Pacto Federativo do Senado.
Pesa desfavoravelmente o fato de Pinheiro ter hoje uma atua��o independente da orienta��o da bancada do partido. Um dos exemplos: ele e o colega Paulo Paim (PT-RS) ignoraram a orienta��o da bancada e votaram para manter Delc�dio preso - e tamb�m n�o ter proximidade com o Pal�cio do Planalto.
O PMDB, que j� desempenhou a fun��o durante o primeiro mandato de Dilma - com Romero Juc� (RR) e Eduardo Braga (AM), atual ministro de Minas e Energia -, n�o tem se movimentado para voltar a ocupar o cargo.
Na sa�da de Braga da lideran�a do governo, o atual l�der do partido, Eun�cio Oliveira (CE), declinou o convite feito pela presidente para o posto. De todo modo, h� quem no partido defenda o rec�m-filiado Blairo Maggi (MT). O senador e grande empres�rio do setor agropecu�rio tem tr�nsito na base aliada e tamb�m na oposi��o.
Outro nome ventilado at� o momento foi o de Wellington Fagundes, atual l�der do PR na Casa e um dos quatro vice-l�deres do governo no Senado. Contra ele pesa o fato de ser desconhecido pela c�pula da Casa - mesmo tendo sido deputado federal desde 1991, ele chegou ao Senado s� este ano.
Um senador com quem Dilma conversou sobre a lideran�a defendeu cautela na decis�o do governo sobre a escolha do novo l�der. Ele lembrou que, entre a sa�da de Braga e a chegada de Delc�dio, o cargo ficou cinco meses vago. "N�o tem porque apressar", considerou ele, ao destacar que a base no Senado - a despeito da pris�o do Delc�dio e da exist�ncia ou n�o de lideran�a - tem aprovado a maioria das propostas encaminhadas pelo governo.