S�o Paulo, 27 - Dois meses depois de ter seu registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido da Mulher Brasileira (PMB), a 35� legenda oficialmente reconhecida no Pa�s, atingiu nesta sexta-feira, 27, a marca de 20 deputados federais.
Apesar de ter sido criado com a inten��o de "aumentar a participa��o das mulheres em todos os setores da sociedade", como diz o programa partid�rio, a bancada da legenda tem apenas duas mulheres: Brunny (MG) e D�mina Pereira (MG).
Nenhuma delas foi escolhida l�der, cargo que foi entregue ao deputado Domingos Neto (CE). "N�o podemos obrigar as mulheres a deixarem seus partidos de origem, onde seus maridos s�o senadores e governadores, e mudarem para o PMB", diz a presidente da sigla, Su�d Haidar (RJ).
Ela lembra, ainda, que dos 513 parlamentares que comp�em a C�mara, apenas 53 s�o mulheres. "O Brasil inteiro tem conhecimento que s� agora as mulheres est�o tendo lugar nas institui��es partid�rias", diz.
Como orienta��o partid�ria, o PMB apresenta um programa vago. "Como orienta��o partid�ria, o PMB � centro-esquerda com um posicionamento de centro entre o Capitalismo e o Socialismo, mas com uma tend�ncia maior ao socialismo. Ou seja: de esquerda. O ponto principal da orienta��o � exatamente buscar o melhor posicionamento de ambos os lados e trazer para o nosso partido", diz o texto de apresenta��o da sigla na internet.
Foi no fim de 2008 que a comerci�ria carioca Su�d Haidar, de 56 anos, reuniu seus tr�s filhos para comunicar que decidira vender as cinco lojas de alimentos que sustentavam a fam�lia para realizar um sonho: montar um partido pol�tico. Com o dinheiro, abriu um site e saiu em busca de aliados para criar o Partido da Mulher Brasileira. "Comecei pelo Maranh�o e percorri quase todos os Estados brasileiros em busca de assinaturas", conta Su�d, que no final de 2014 reuniu as assinaturas exigidas pelo TSE.