
A presidente Dilma Rousseff afirmou neste s�bado que o aumento de casos de microcefalia identificado no Pa�s � uma quest�o preocupante, mas que n�o deve causar p�nico. "A nossa principal preocupa��o � que isso pode caracterizar - e est� se caracterizando - uma doen�a que est� tomando dimens�o nacional. Eram 14 Estados e j� pode chegar a 16. N�o � uma quest�o de p�nico, mas � uma quest�o de grande aten��o, ter no��o de que isso tem de ser combatido, saber que provoca uma doen�a bastante complicada, porque afeta crian�as - o futuro do Brasil", disse a presidente, logo depois de se reunir, em Recife, com integrantes do grupo que preparou um plano nacional de enfrentamento contra a malforma��o.
A visita da presidente ao Estado, o mais afetado pelo nascimento de beb�s com microcefalia, ocorre quase um m�s depois de o governo decretar estado de emerg�ncia sanit�ria em n�vel nacional em raz�o do aumento inesperado dos �ndices da doen�a. At� a semana passada, haviam sido identificados 1.248 casos suspeitos, em 14 Unidades da Federa��o. Pernambuco registra 646.
Gen�rico, o plano lan�ado neste s�bado traz eixos de a��o para combate ao mosquito, atendimentos de pacientes e desenvolvimento de pesquisas que ajudem a conhecer mais sobre o zika, v�rus transmitido pelo mesmo vetor do Aedes aegypti e que est� associado com o aumento expressivo do n�mero de casos da microcefalia.
O foco principal, no entanto, � o combate ao mosquito Aedes aegypti. "Estamos dando in�cio a uma a��o que vai articular o governo, com For�as Armadas, uma rede de for�a federal com for�a estadual. Tem de ser uma mobiliza��o nacional. E para ser vitoriosa, tem de contar com a participa��o da popula��o." A a��o do Ex�rcito no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti estava programada para ocorrer ontem em Pernambuco, mas foi adiada. N�o houve uma justificativa. Integrantes da a��o, no entanto, atribu�ram o adiamento da a��o justamente � visita da presidente no Estado.
Embora considere o combate ao mosquito essencial, a presidente afirmou n�o haver ainda valores estipulados para as a��es que ser�o realizadas. Ela observou, no entanto, que Estados e munic�pios ter�o tamb�m de colaborar. "Tem de ser uma a��o conjunta, todo mundo tem de colaborar".
Nesta ter�a, est� prevista a realiza��o de um encontro com representantes de governos estaduais e municipais para discutir os valores.
A presidente irritou-se quando foi perguntada sobre qual a contrapartida que o governo federal daria para os recursos destinados pelo governo de Pernambuco �s a��es de combate ao mosquito vetor. "Essa � uma vis�o equivocada, n�o � assim", disse. Dilma disse ser necess�rio que todos trabalhem unidos.
Ao fazer uma apresenta��o do plano, Dilma atrapalhou-se para falar sobre detalhes da transmiss�o dos v�rus da dengue pelo Aedes aegypti, e sobre a microcefalia e o zika. "N�o sou especialista, mas tenho no��o do quadro geral."